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Jogo Aberto

Nota de crédito baixa impede investimento em asfalto

Marta Ferreira | 10/12/2018 06:00

Sem saída – Ao responder sobre a expectativa em relação à temporada de chuvas, que costuma piorar ainda mais a qualidade do asfalto em Campo Grande, o prefeito Marquinhos Trad (PSD), acabou fazendo um sucinto, mas eloquente, desabafo sobre uma das áreas em que as administrações municipais mais têm sofrido cobranças. Disse, em resumo, que é refém do ciclo vicioso do tapa-buraco/abre-buraco, por uma razão simplória: não há dinheiro suficiente para fazer o sonhado recapeamento.

Pontuação baixa – O prefeito justificou que um dos motivos para a falta de dinheiro está no fato de Campo Grande não conseguir contrair empréstimos para um investimento tão alto. Ele diz que está tentando recursos, em valores não informados, no BNDES, mas a resposta tem sido não. Mal comparando, de acordo com a explicação do prefeito, é como um consumidor que já teve histórico de dívida, regulariza o nome, mas ainda assim tem dificuldades de conseguir empréstimos.

Desejo – Se houvesse dinheiro para isso, afirmou Marquinhos, a ideia era fazer o recapeamento em 40% das vias mais importantes das sete regiões de Campo Grande. Falando de bairros específicos, ele citou o Rita Viera, o Jardim Noroeste e a Nova Campo Grande como locais em que gostaria de investir no asfalto.

Pavimento velho – O prefeito citou que a vida média do asfalto na cidade é de 27 anos. Lembrou que é bem mais do que os 4,5 anos de vida útil considerados pelos especialistas.

Até a Afonso Pena – Marquinhos comentou, ainda, que a avenida mais famosa de Campo Grande, recapeada em 2012 pelo governo do Estado, na administração André Puccinelli (MDB), foi o último grande investimento desse tipo. “De lá para cá, já tapamos pelo menos 100 buracos nela”, contou.

Pregar na parede – Na mesma entrevista, dada no sábado, ele citou obras consideradas emblemáticas por sua gestão. Entre elas está a revitalização da Avenida Ernesto Geisel que, como Marquinhos gosta de relembrar, era um sonho antigo do ex-governador Pedro Pedrossian, já falecido. O prefeito relembrou que recebeu um elogio da ex-primeira-dama Maria Aparecida Pedrossian por escrito e pretende “por num quadro”.

Espera para ver – Ainda em tom de desabafo, o prefeito disse que está se acostumando a levar “xingo” por projetos que está tirando do papel, mas que vão ter resultado efetivo para a cidade. Exemplificou com as mudanças no Centro, especialmente na 14 de Julho. “O que me batem, o que me xingam, mas vocês já foram lá? Tem criança brincando, tem vida, é outra coisa”.

Madrugando – Na conversa com os repórteres, o chefe do Executivo municipal contou que ficou até 3 da manhã de sábado na Cidade do Natal. Disse que queria conferir todos os detalhes para a abertura no sábado.

Diferenças – Marquinhos adotou um tom de crítica em relação ao presidente eleito Jair Bolsonaro de antes da eleição e o de agora. “Uma coisa é discursar, outra é fazer”, afirmou, ao citar o reajuste aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), com impacto geral nas folhas de pagamento do serviço público. “Vamos ver dia 2 de janeiro se ele vai vetar”.

Mudou – O prefeito Também falou do número de ministérios do futuro governo de Jair Bolsonaro. “Eu votei nele, durante a campanha falou em 15 ministérios, agora já tá em 22”, declarou.

(Com Miriam Machado)

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