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Arquitetura

Casa tem homenagem ao Canadá e vira ponto turístico por conta das araras

Elverson Cardozo | 17/07/2014 06:45
Imóvel é conhecido na região como "Casa Vermelha das Araras". (Foto: João Garrigó)
Imóvel é conhecido na região como "Casa Vermelha das Araras". (Foto: João Garrigó)

Há 2 anos, a casa da esquina das ruas Cândida Lima de Barros com a Bela Cintra, no Tiradentes, não chamava tanto a atenção como hoje. Primeiro porque, apesar de bonita, a cor era comum, um verde claro. Agora, quem passa no local se depara com um sobrado vermelho, cercado de faixas brancas e com algumas araras barulhentas em cima do tronco de uma palmeira.

O imóvel pertence à educadora física Ester Menezes de Faria, de 46 anos. Ela mora no local, com o marido, há aproximadamente 2 meses. Logo que se mudou, o casal trocou a cor da fachada pelas da bandeira do Canadá, país onde a filha Júlia, de 18 anos, está cursando gastronomia.

“É uma homenagem à ela”, diz a mãe. Para lembrar da garota, os dois usam, inclusive, roupas com referência ao país. No dia da entrevista, por exemplo, a mulher estava com um boné e um camisa do Canadá.

É a própria Júlia quem manda os “adereços”. O pai, conta, costuma usar, com frequência, botons, mas também tem camisas e casacos. A ideia de pintar o imóvel de vermelho foi dele. Quem vê de fora, acha estranho uma cor tão forte na fachada, fica curioso e, quando pode, questiona a escolha os proprietários.

Araras fizeram morada no tronco da palmeira e aparecem todos os dias. (Foto: João Garrigó)
Araras fizeram morada no tronco da palmeira e aparecem todos os dias. (Foto: João Garrigó)

“Esses dias foi em uma longe de antiguidades aqui perto e perguntaram para o meu marido se éramos flamenguistas, aí ele explicou que tem o branco, do Canadá”. Do outro lado, a filha, conta a mãe, se orgulha da homenagem. “Ela fica feliz. Adora”, garante.

Casa Vermelha das Araras - Na região, a residência ficou conhecia como a Casa Vermelha das Araras, em referência à cor e às aves que adotaram um tronco de palmeira, plantado na frente, do lado de dentro, como morada.

Pelas contas da dona, pelo menos 6 disputam o espaço. Apesar de se sentirem donas do pedaços, elas moravam em um toco próximo, há uma quadra da casa, mas uma obra pôs fim ao sossego das bichinhas e, para não perdê-las de vista, a mulher resolveu cortar a parte superior da planta para que elas fizessem a nova morada. A estratégia deu certo.

Além do vermelho da fachada de casa, Ester usa roupas com referência ao pais onde a filha está morando. (Foto: Elverson Cardozo)
Além do vermelho da fachada de casa, Ester usa roupas com referência ao pais onde a filha está morando. (Foto: Elverson Cardozo)

O grupo, agora, embeleza a paisagem do quintal da casa dela. Aparece todos os dias, por volta das 6h, e só vai embora quando o sol se põe.

Não param quietas. Fazem a maior bagunça no quintal cavando a palmeira, mas Ester adora a bagunça. “Eu não me importo de limpar e nem me incomodo com o barulho”, diz.

E que barulho. “Cedo você precisa ver. Elas entram de cabeça e ficam jogando as lascas, cavando o ninho delas”, relata o colocador de mármore Geraldo da Silva Melo, de 57 anos.

“O pessoal passa aqui de carro e desce para tirar fotos. Virou atração”, completa.

O colega de trabalho, Hudson Prado Melo, de 33 anos, confirma. “Ontem mesmo tinha um monte de gente tirando fotos”.

Imagem captada pelo Google Street View mostra foto da casa em julho de 2012. (Foto: Reprodução)
Imagem captada pelo Google Street View mostra foto da casa em julho de 2012. (Foto: Reprodução)
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