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Arquitetura

De instrumentos a moto que custa mais de R$ 70 mil, Gabriel faz tudo com papelão

Peças viraram decoração na casa do jovem que vive em Dourados e o talento rendeu mais de 2 milhões de visualizações no Youtube

Thailla Torres | 19/09/2018 08:40
Réplica de um moto esportiva feita por Gabriel.  (Foto: Arquivo Pessoal)
Réplica de um moto esportiva feita por Gabriel. (Foto: Arquivo Pessoal)

Ele jura que nunca fez curso e nem precisou de ajuda da família e desde criança Gabriel Arruda Gomes Geraldo, de 19 anos, produz sozinho, escultura e maquetes de papelão de um jeito curioso. Seu talento atrai, inclusive, acadêmicos em busca de “mãozinha” extra na hora de fazer um trabalho.

Usando papelão, cola, tesoura e algumas tinturas, ele diz que já produziu mais 300 peças desde os sete anos de idade quando começou a investir no papelão, por hobby, garante. Em relação aos trabalhos acadêmicos, ele não revela o valor cobrado.

Gabriel faz instrumentos musicais de papelão desde os sete anos de idade. (Foto: Arquivo Pessoal)
Gabriel faz instrumentos musicais de papelão desde os sete anos de idade. (Foto: Arquivo Pessoal)
Instrumentos musicais variados ficam guardados dentro do quarto dele.  (Foto: Arquivo Pessoal)
Instrumentos musicais variados ficam guardados dentro do quarto dele. (Foto: Arquivo Pessoal)

As peças são variadas, o que mais desperta o talento de Gabriel são os instrumentos musicais. Ele já fez tudo, violoncelo, clarinete, saxofone, violão e por aí vai. Depois vem a paixão pelo avião e os veículos que o fez colocar em pé uma motocicleta, réplica de uma Kawasaki, que no mercado custa mais de R$ 70 mil e na imaginação de Gabriel foi preciso apenas alguns quilos de papelão.

“Com o tempo fui desenvolvendo técnicas e aperfeiçoando”, diz. Sobre o talento que apareceu do nada, ele considera “apenas um dom e nada mais”.

Gabriel também já fez bandeira 3D, carrinhos, computadores e já planeja fazer o Camaro, ano 2013, conversível, da Chevrolet.

Sobre a matéria prima, ela afirma que escolheu o papelão para contribuir com a sustentabilidade. “O motivo é que eu consigo fazer qualquer coisa com papelão ou até mesmo outro tipo de material. Mas o papelão é para incentivar a reciclagem. Não sou eu quem recicla, mas compro de quem faz a reciclagem, a intenção é a mesma”.

Carrinhos de papelão.  (Foto: Arquivo Pessoal)
Carrinhos de papelão. (Foto: Arquivo Pessoal)
Aviões de papelão vivaram decoração.  (Foto: Arquivo Pessoal)
Aviões de papelão vivaram decoração. (Foto: Arquivo Pessoal)

O dia de Gabriel começa às 5h da manhã trabalhando em uma gráfica de Dourados, a 229 quilômetros de Campo Grande, manuseando uma impressora 3D. Mas o menino sonha mesmo é em cursar uma universidade. “Pretendo fazer Ciências Aeronáuticas, essa é minha paixão de infância. Mas quem sabe Arquitetura ou Engenharia depois”.

Nas redes sociais, a página do Facebook de Gabriel está desatualizada, mas no Youtube ela já chamou atenção de dois milhões de pessoas que assistiram como ele produziu sua moto de papelão. Assista ao vídeo.

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De instrumentos a moto que custa mais de R$ 70 mil, Gabriel faz tudo com papelão
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