Depois de 13 anos, Iphan vai concluir a despoluição visual do Casario do Porto
Rede subterrânea de energia e telefonia vai valorizar o porto geral de Corumbá

O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) vai retomar e finalizar a obra de embutimento e canalização da rede elétrica e telefônica em frente ao Casario do Porto, em Corumbá. O projeto iniciado em 2012 – interrompido por não cumprimento de prazos da empresa contratada – foi reformulado e o dinheiro (R$ 3 milhões) garantido.
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Após 13 anos de atraso, o Iphan retomará a despoluição visual do Casario do Porto, em Corumbá (MS). O projeto, iniciado em 2012, visa embutir a fiação elétrica e telefônica, valorizando o conjunto arquitetônico tombado em 1993. A obra, orçada em R$ 3 milhões, faz parte de um investimento de R$ 30 milhões na cultura sul-mato-grossense. A nova licitação está em andamento, com previsão de início ainda em 2024. Além da retirada dos postes e fios, o projeto prevê a organização do espaço com quiosques e banheiros padronizados, além de um sistema de monitoramento por câmeras em super postes com iluminação de alta tecnologia. A obra anterior, paralisada com 70% de conclusão, consumiu R$ 4 milhões.
O superintendente do Iphan em Mato Grosso do Sul, João dos Santos, anunciou que nova licitação está em processamento e a obra será reiniciada ainda neste ano. Ela integra um pacote de investimentos na área cultural do Estado, de quase R$ 30 milhões, que inclui a recuperação da Esplanada, em Campo Grande, e restauração de prédios históricos em Corumbá.
A retirada dos postes e fiação vai despoluir as fachadas dos centenários casarões que compõem o conjunto arquitetônico e paisagístico do porto geral, tombado pelo patrimônio nacional em 1993. A rede elétrica e telefônica instalada não teve a preocupação de preservar e valorizar o patrimônio histórico local, considerado um dos mais singulares do Brasil.
“O projeto do Iphan vai não apenas despoluir as fachadas, com um sistema subterrâneo moderno e elegante, mas organizar a fiação, hoje com muito material desativado e causando um aspecto negativo para o nosso patrimônio”, realçou Lauzie Michelle Xavier, diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico de Corumbá.
Monitoramento - Segundo o Iphan, o projeto foi paralisado com mais de 70% da obra concluída, com gastos de R$ 4 milhões. A rede subterrânea na rua Manoel Cavassa, entre as ladeiras José Bonifácio e Cunha e Cruz, está pronta. A finalização, depois de 13 anos de contratos descumpridos e falta de orçamento, inclui a retirada da fiação aérea e os postes.
O projeto inclui ainda outras intervenções, como o “ordenamento desorganizado” do porto geral com o mau uso do solo, como definiu o superintendente João dos Santos, citando a organização do espaço com instalação de equipamentos padronizados (quiosques, banheiros) para atender a população e o turista.
Está previsto um sistema de circuito fechado de monitoramento por câmeras, apoiado nos super postes que serão instalados em frente ao casario, garantindo maior segurança aos eventos que são realizados na orla. As torres de iluminação, de até 18m de altura, contarão com alta tecnologia para obter melhor eficiência energética (projetores de 400 W e 2000 W).