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Arquitetura

Empresa cria transporte especial para cadeirantes

Elverson Cardozo | 27/11/2012 08:08
Márcio utiliza os serviços há 2 meses. (Foto:Simão Nogueira)
Márcio utiliza os serviços há 2 meses. (Foto:Simão Nogueira)

A deficiência no transporte público e a falta de opções em Campo Grande foi um dos motivos que levou Jorcelino Rosa da Cunha, de 43 anos, a investir em um setor praticamente esquecido na cidade: O transporte adaptado aos portadores de necessidades especiais.

O serviço é novo, tem apenas 1 ano e meio, mas já começa a fazer diferença por aqui. Da frota de veículos que a empresa dispõe para o translado de clientes, um deles – Fiat Doblô, é equipado com mecanismos de acessibilidade que permite o transporte de cadeirantes.

O veículo conta com uma plataforma automática de elevação, quatro fixadores para imobilizar a cadeira dentro do carro, cinto de segurança e suporte elevado do teto, além de ar condicionado, som e aparelho de DVD. Tem espaço para um acompanhante.

É o serviço ideal para quem necessita se deslocar de casa, com segurança, rapidez e conforto, sem correr o risco de passar horas em um ponto de ônibus, a espera de um veículo que permite a entrada de cadeirantes ou ter de enfrentar transtornos na hora de pegar um taxi ou entrar no próprio carro.

A idéia, contou o proprietário, surgiu de uma necessidade particular. A avó, que depende de cadeira de rodas, não tinha opções de transporte seguro na Capital. Ir ao hospital o consultório médico, por exemplo, era um desafio.

“Eu vi que Campo Grande tinha deficiência desse serviço, porque não tinha nenhuma empresa por aqui. Surgiu a oportunidade de alavancar mais um produto”, afirmou, ao dizer que a empresa existe há 14 anos, mas só agora resolveu entrar nesse ramo.

A divulgação ainda é tímida, disse, porque ainda estão feitas avaliações sobre o potencial e alcance do serviço. A média atendimento, por enquanto, é de 1 cliente ao dia.

Como funciona? – A empresa atende cadeirantes de todas as idades, mas que estejam em condições “normais de saúde”. “Não é um carro de socorro, como uma ambulância”, justifica o dono.

Todo transporte deve ser agendado com, no mínimo, 1 hora de antecedência. O serviço é oferecido 24 horas por dia. O trajeto limita-se ao perímetro urbano de Campo Grande.

Quanto custa? – O valor de translado depende do período de atendimento. Em horário comercial, das 7h às 18h, ida e volta sai por R$ 70,00. Depois desse horário, o custo é de R$ 100,00.

Plataforma de elevação facilita o acesso ao veículo. (Foto: Simão Nogueira)
Plataforma de elevação facilita o acesso ao veículo. (Foto: Simão Nogueira)

“As pessoas às vezes acham o custo caro porque fazem o comparativo com o preço do taxi, mas não entendem que é um carro adaptado. Em termos de comodidade o conforto é muito maior. No taxi, as pessoas têm dificuldade de embarque e não é todo taxista que sabe lidar com portadores de necessidades especiais”, disse Jorcelino, ao mencionar a procura, que ele ainda considera “modesta”.

O empresário Márcio Ramos Gimenes, de 40 anos, utiliza o transporte há 2 meses e avalia positivamente a iniciativa. A comparação com o preço das corridas de taxi ocorre, mas é preciso levar em consideração o diferencial, ressaltou. “E difícil comparar preço a preço porque não é a mesma coisa”.

A “novidade” mostra que Campo Grande já começa a seguir os passos das grandes cidades. Nesse tipo de serviço, acrescentou, a importância, além da comodidade, é cumprir horários.

Agendamento – O serviço pode ser solicitado pelo telefone (67) 3382-1117. O celular de plantão é o (67) 9983-0002.

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