Após mais de 1 ano, tuiuiús voltam a receber quem chega à Capital
Zé Bicudo, Majestoso e Asa Branca voltam a ocupar entrada do aeroporto intactos
O Aeroporto Internacional de Campo Grande voltou a ter seu três monumentos de tuiuiús intactos, após um ano e quatro meses no chão. Símbolos do Pantanal e cartões de boas-vindas para quem chega à Capital, as esculturas “Zé Bicudo”, “Majestoso” e “Asa Branca” foram restauradas pelo artista Cleir Ávila com apoio do Sicredi e da AENA.
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Após um ano e quatro meses no chão, os três tuiuiús que adornam a entrada do Aeroporto Internacional de Campo Grande foram restaurados e recolocados em seus pedestais. Símbolos do Pantanal e cartão-postal da capital sul-mato-grossense, as esculturas “Zé Bicudo”, “Majestoso” e “Asa Branca” representam as etapas do voo e foram recuperadas pelo artista plástico Cleir Ávila, com apoio do Sicredi e da AENA, concessionária do aeroporto. As esculturas, criadas em 2000, haviam caído em dezembro de 2023 devido a fortes rajadas de vento. A restauração exigiu um trabalho minucioso do artista, que precisou recorrer à memória para reproduzir os detalhes originais. Além da recuperação estética, a estrutura interna das obras foi reforçada para garantir maior resistência. Um contrato de manutenção preventiva com o Sicredi foi firmado para os próximos cinco anos. A reinauguração coincidiu com o aniversário de 126 anos de Campo Grande, marcando um momento simbólico para a cidade.
Criadas no ano 2000, as obras representam etapas do movimento aéreo, pouso, abastecimento e decolagem, e se tornaram referência cultural e turística. “Eles são a porta de entrada da cidade, um símbolo do Pantanal sul-mato-grossense. Quando a AENA chegou, em 2023, 40 dias depois os monumentos tombaram. Tivemos que mudar as prioridades, mas hoje estamos felizes em vê-los de volta”, afirmou Usiel Vieira, diretor do aeroporto.
O processo de recuperação exigiu do artista não só técnica, mas também memória. “Para fazer a restauração, tive que usar a lembrança de 25 anos atrás, quando modelei cada detalhe. Consegui recuperar 90% da parte de modelagem, mas toda a estrutura precisou ser reforçada. A manutenção é fundamental: são 2,5 metros enterrados no solo e seis metros de altura no total. A cada três anos é preciso revisar para evitar fissuras”, explicou Cleir Ávila.
A queda em dezembro de 2023 foi provocada por rajadas de vento acima da média. “É diferente de temporal. O temporal eles suportam até 160 km/h, mas a rajada é como um tornado horizontal. Por isso, além da restauração, foi firmado contrato com o Sicredi para manutenção por cinco anos”, completou o artista.
O reencontro com as esculturas também emocionou quem ajudou a batizá-las. Zaltino Ojeda Pereira, 45 anos, participou do concurso em 2018 que escolheu os nomes das aves. “Eu morava aqui perto e sempre me chamava atenção a grandona, que chamei de Majestoso. Depois vieram os outros: Zé Bicudo e Asa Branca. Quando caíram, fiquei muito triste. Hoje é uma alegria ver que voltaram a ocupar seu lugar.”
Para o presidente do Sicredi, Celso Ramos Regis, a entrega foi simbólica. “É muito importante devolver esses monumentos justamente no aniversário de 126 anos de Campo Grande. Eles têm nome graças ao concurso que realizamos e ver os três em pé novamente é maravilhoso.”
Essa não é a primeira vez que os tuiuiús enfrentam ventos fortes. Em 2010, uma das esculturas também tombou durante um temporal. Ainda assim, as aves de aço seguem firmes como representação pantaneira. “Nada poderia simbolizar melhor o Pantanal e o aeroporto que esse movimento aéreo do tuiuiú”, resume Cleir Ávila.

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