ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 26º

Artes

Espetáculo usa xícaras e bules para falar sobre o que é essencial ao ser humano

Lado B | 20/09/2014 07:20
Cinderela é uma xícara sem adornos em peça da Cia Gente Falante. (Fotos: Divulgação/Sesc)
Cinderela é uma xícara sem adornos em peça da Cia Gente Falante. (Fotos: Divulgação/Sesc)

Cinderela é uma xícara na adaptação da Gata Borralheira que será encenada hoje à noite no Sesc Horto, em Campo Grande. No teatro de objetos do grupo gaúcho Cia. Gente Falante, ela não tem detalhes de luxo, mas vive cheia de chás aromáticos e curativos, para esquentar quem precisa de alento.

A história é contada com uma pequena mesa como palco, utensílios de cozinha e muita fantasia. A ideia do espetáculo “Louça Cinderella” é simples, falar da importância que se dá à imagem, sem perceber o valor do conteúdo.

A primeira frase da peça é “Ninguém está só para sempre. Valorize os momentos de encontro”. Em cena, dois atores falam de relações humanas, muitas vezes regidas pelas aparências. A delicadeza na forma de contar também remete à sensibilidade.

Final feliz tem chá para a platéia.
Final feliz tem chá para a platéia.

A inspiração para tamanha mudança na forma original do clássico dos Irmãos Grimm e Charles Perraut veio da avó de Paulo Martins Fontes, ator e diretor da peça. Inglesa, ela saiu de casa para viver o amor com um negro africano. Mas ao se mudar para a Bahia, passou a ter dificuldade em demonstrar afeto. Por isso, adotou o chá como momento de aproximação das pessoas.

Há 22 anos a Cia. Gente Falante faz teatro de objetos e conquistou com está montagem a indicação a sete categorias no Prêmio Açorianos de Teatro 2011, em Porto Alegre, além de ter sido contemplada com o Prêmio Tibicuera nas categorias de melhor ator, cenografia e iluminação.

A classificação é livre e a peça terá duas sessões neste sábado, às 18h e 19h, no Teatro de Bolso do Sesc Horto, localizado, na rua Anhanduí, 200 – Centro. A entrada franca.

Paulo Martins Fontes, ator e diretor da peça.
Paulo Martins Fontes, ator e diretor da peça.
Nos siga no Google Notícias