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Artes

Mulheres que apanhavam dos maridos inauguram loja e são roteiro de filme

Lucas Arruda | 27/08/2015 07:08
Loja vende artesanato e doces com frutas típicas do cerrado (Foto: Assessoria Oi)
Loja vende artesanato e doces com frutas típicas do cerrado (Foto: Assessoria Oi)

Para ajudar na reestruturação financeira de mulheres que já foram vítimas de violência doméstica, a Amina (Associação de Mulheres extrativistas do Pantanal) inaugurou uma loja no último sábado (22), em Anastácio, a 135 km da Capital.

No local, elas vão vender produtos de artesanato feito a partir de oficinas desenvolvidas na comunidade. A inauguração faz parte da comemoração de 11 anos da Amina.

A sede da associação foi criada em 2009, mas o grupo só conseguiu abrir a loja agora, com a ajuda de parceiros, como a operadora Oi.

No ano passado, o projeto “As Marruás Pantaneiras e seus doces caseiros”, da Amina, foi um dos 22 selecionados pelo Programa Oi Novos Brasis, do Oi Futuro. O nome do grupo é uma referência à onça brava, corajosa, que também batizou a personagem Juma Marruá, na novela Pantanal.

A proposta da empresa é garantir atividades que levem à autonomia de pessoas e grupos comunitários,investindo na formação, incentivando a participação coletiva e empreendedorismo.

O projeto treinou as mulheres para a fabricação de doces caseiros de frutas típicas do Cerrado, como guavira e castanha de cumbaru, além da confecção de artesanatos.

Paralelamente às aulas, são realizadas palestras sobre o combate à violência doméstica para a comunidade da região.

A ideia é assegurar uma fonte de renda às mulheres, para que elas consigam ficar longe dos maridos agressões, sem depender economicamente deles.

Há cerca de dois anos, uma ONG dos Estado Unidos está gravando um documentário para contar como foi esse processo de independência das mulheres de Anastácio.

Mulheres nas oficinas do projeto. (Foto: Divulgação)
Mulheres nas oficinas do projeto. (Foto: Divulgação)
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