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Comportamento

"Doida da guavira", Cidinha comemora até o aniversário nas colheitas da fruta

Adriano Fernandes | 20/12/2015 07:23
O fim de ano marca o período das aventuras da Cidinha em busca das guviras. (Foto: Reprodução Facebook)
O fim de ano marca o período das aventuras da Cidinha em busca das guviras. (Foto: Reprodução Facebook)

Há pelo menos 35 anos, os meses de novembro e dezembro marcam o período de colheita das guaviras na vida da dona Ercídia Alves Lemes, ou melhor, Cidinha como prefere ser chamada. Uma verdadeira figura, ela fez da aventura no Cerrado, programa de família, dos amigos e até o aniversário ela comemora no guaviral.

Há tempos que o Lado B acompanha as peripécias dela pelo Facebook. A última das invenções da Cidinha tinha sido um mosquiteiro individual, adaptado para evitar os mosquitos enquanto usava o computador. Mas o que chamou atenção mesmo foram as “expedições” na floresta que ela organiza, com direito a álbum e tudo mais.

“Sempre amei a natureza, sair colhendo minhas guaviras, zuando com os meus amigos e fazendo minhas maluquices”, diz aos risos. O dia 29 de novembro é especial, em que ela faz questão de convidar todo mundo para o Cerrado, nos arredores de Bonito. “Comemoro meu aniversário na mata, só para ir colher meus presentes: as guavirinhas",  brinca.

Cidinha registra todas as colheitas e publica no Facebook.(Foto: Reprodução Facebook)
Cidinha registra todas as colheitas e publica no Facebook.(Foto: Reprodução Facebook)
Cidinha no meio dos pés de guavira. (Foto: Reprodução Facebook)
Cidinha no meio dos pés de guavira. (Foto: Reprodução Facebook)

A última colheita foi no fim da semana passada, no sítio de amigos, em um assentamento próximo à cidade. Tudo registrado pela simpática Cidinha.

Uma forma de deixar salvas as lembranças desta época do ano, em que ela mais se diverte. “Quando chega o fim da colheita eu até choro”, recorda.

No álbum da colheita, a fruta, é claro, é a estrela principal. Mas ela compartilha as trilhas na mata, os legumes colhidos na hora e até as mais constrangedoras cenas.

“Se você procurar ai, vai ver eu em cima de um pé de guavira. Nunca tinha visto um tão grande. Posto as mais feias, só pra zoar”, tira sarro.

No álbum “expedição na floresta”, tem fotos dela subindo morros, em cavernas e sempre acompanhada dos amigos e do marido, Heitor Ovelar. Defensora da natureza, ela não nega seu amor pela fruta, que é marca registrada do Estado.

“É a primeira vez que vejo essas árvores de guavira. Creio que o bicho homem nunca passou por ali pra destruir essas árvores de até 5 metros”, diz Cidinha descrição de um dos álbuns da Cidinha.

Sempre brincalhona, ela conta que toda essa animação ela herdou da família, que deixou em Goiânia, capital onde nasceu. Para Bonito, ela foi com o antigo esposo e de lá nunca mais quis sair.

“Me encantei com a natureza que achei aqui, o ar livre, a possibilidade de criar meus filhos em um lugar tranquilo. Nem penso em voltar para Goiânia. Daqui eu não saio e daqui ninguém me tira”, comenta.

Desde 1996 ela é proprietária da Pousada do Jota, e até a história da abertura do empreendimento é curiosa. “Eu ganhei uma moto no bingo. Como eu não sabia pilotar, vendi a moto e comecei a construir os apartamentos da pousada”, explica.

A Pousada do Jota é hoje uma da mais tradicionais da cidade, fica a quatro quadras do Centro de Bonito e recebe turistas de todo o País.

Dona Cidinha se define assim mesmo. Uma "maluquinha" que impressiona pela animação, e o segredo de tanta felicidade, ela explica: “Minha vida é uma história alegre. Eu só sei viver assim, feliz”, concluiu aos risos.

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Punhado de guaviras de uma das "expedições" na busca pela fruta. (Foto: Reprodução Facebook)
Punhado de guaviras de uma das "expedições" na busca pela fruta. (Foto: Reprodução Facebook)
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