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Comportamento

"Surfe Pantaneiro" é brincadeira que amigos de infância decidiram levar a sério

Thaís Pimenta | 28/09/2018 07:34
Yuri Chaparro e Yuri Moura com os modelos da linha surfe, os mais caros da marca. (foto: Kisie Ainoã)
Yuri Chaparro e Yuri Moura com os modelos da linha surfe, os mais caros da marca. (foto: Kisie Ainoã)

Pra quem diz que em Campo Grande só falta mesmo uma praia, os amigos Yuri Moura e Yuri Chaparro resolveram parte deste problema com a produção da pranchas de equilíbrio, as conhecidas balances boards, na marca regional que tem pouco mais de um mês, a Praña.

A amizade começou no skate, no bairro Pedrossian, quando tinham por volta de 10 anos. Inclusive, o skate, que uniu os dois Yuris há 18 anos, é um dos princípios que envolve a prática da técnica, apelidada carinhosamente de surfe pantaneiro. "É uma maneira da galera do surfe manter o treino. Claro que, no mar, é mais complicado porque envolve vários fatores, mas dá pra manter, treinar. Os nomes das manobras, por outro lado, vem do skate, que também tem tudo a ver com a prancha de equilíbrio", dizem.

Os amigos explicam a união para fazer a marca aconteceu de forma muito natural e que tem dado certo porque trabalhar "com amigo é bom pra caramba". Moura passou anos em São Paulo e voltou para Campo Grande com a vontade de tocar algo próprio voltado para o lifestyle, ou seja, algo que envolvesse comportamento e consumo, até que as balances boards vieram a sua mente porque seu tio, Vandir Aparecido Mendes Souza é marceneiro e tem um espaço todo voltado para suas produções.

"A madeira era um dos pontos que eu queria investir justamente por causa dele. E deu certo porque meu tio me ensinou, passo a passo, tudo que eu precisaria saber para produzirmos as pranchas. O Yuri também aprendeu, claro, e hoje, depois de meses amadurecendo a ideia e aprendendo a mexer com os equipamentos, estamos introduzindo a prática em Campo Grande", conta Moura.

Yuri Chaparro mostra que também já aprendeu a praticar o equilíbrio. (foto: Kisie Ainoã)
Yuri Chaparro mostra que também já aprendeu a praticar o equilíbrio. (foto: Kisie Ainoã)

A oficina de produção da Prãna é a do tio Vandir e lá os dois amigos passam horas de seus dias produzindo as pranchas. Além delas, a marca também produz chapeus de palha e, mais para frente, deve começar a produzir roupas, acessórios e artigo decorativos.

Os modelos das pranchas são, basicamente, dois: a linha classic, mais simples, com balances boards a R$ 169,00, e a linha surf, mais produzida e um pouco mais cara, a partir de R$ 199,00. "As classics nós trabalhamos com venda a pronta entrega, já a surf a gente pede uma semana pra produzir".

O que muda nelas é a tonalidade na "canela" da prancha, e o formato. A dificuldade, pelo contrário, se mantem a mesma em ambas. Além da prancha em si, a brincadeira precisa de um rolo para servir de base para a prancha, feito por eles de papel reutilizável. Junto dos dois equipamentos vem também um tapete que se transforma em bolsa de transporte.

Para eles o mais bacana das pranchas de equilíbrio é que qualquer pessoa pode treinar, e em qualquer lugar: em casa, em espaço aberto, ou até mesmo no quarto. 

"Surfe Pantaneiro" é brincadeira que amigos de infância decidiram levar a sério

O símbolo da marca é a representação do primeiro chakra humano, o  chakra básico. E Prãna significa, em hindu, a energia vital que permeia os cosmos. Então, só por conta desta escolha, já dá pra entender que quem busca pelos produtos de lifestyle da marca são pessoas mais ligadas a questões como equilíbrio do corpo e da mente, acampamento, yoga, vida saudável, veganismo, e todas as vertentes que envolvem uma reconexão com o mundo.

"Pouca gente aqui já praticava, então a gente tá tendo que incluir e trazer o conceito para a cidade. Mas tem dado um bom retorno", finaliza Chaparro.

Por enquanto a marca vende pelas redes sociais. Os empresários também realizam um evento mensal, geralmente no bar do Paraíba 73, o Prãna Yard, em que convidam outras marcas independentes e convidam músicos para expor seus trabalhos num evento gratuito. O próximo encontro está marcado para acontecer no dia 21 de outubro. Para conferir a marca acesse

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Chaparro mostra o acabamento da peça surf.  (foto: Kisie Ainoã)
Chaparro mostra o acabamento da peça surf. (foto: Kisie Ainoã)
Os amigos contam que aprenderam a mexer com todas as ferramentas. (foto: Kisie Ainoã)
Os amigos contam que aprenderam a mexer com todas as ferramentas. (foto: Kisie Ainoã)

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