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Comportamento

Amor aos "salsichas" cria 1º Encontro de Dachshund, com enxurrada de fofura

Orla Morena recebeu 30 cães da raça e seus tutores, que ficaram encantados trocando informações

Thaís Pimenta | 01/10/2018 08:43
Joaquim, o Arlequim Anão. (Foto: Thais Pimenta)
Joaquim, o Arlequim Anão. (Foto: Thais Pimenta)

Eles são baixinhos, narigudos, com orelhas, rabos e corpinho esticados. Unidos pelo amor à raça conhecida popularmente por salsicha, os Dachshund, donos e seus fofos se reuniram ontem à tarde na Orla Morena para o 1º encontro da raça. 

Os salsichas não têm o status que outros cães de raças caras e "da moda", inclusive muitos dos que estavam no encontro foram ganhos por meio de doação e outros resgatados de abandono. E quem tem não troca os Dachshund por nenhum outro tipo de cachorro, tanto é que muitos ali são os segundos ou terceiros filhos de quatro pata da família, sempre da mesma raça.

"Eles são muito amorosos, inteligentes, tem um espírito de caça muito aguçado também, inclusive esse focinho grande é pra isso. Não costumam ser escandalosos, só mesmo em momentos como esse e quando alguém estranho passa em frente de casa", é o que diz Rogério, que ao lado da esposa, Marcela, e do filho Gabriel, criam 4 salsichas, depois que o mais velho deles, Coragem, faleceu com 14 anos. 

Maria Cristina é a avó da família, com 12 anos, mãe da Nina. Thor foi adotado como salsicha, mas conforme cresceu a família viu que ele era uma mistura com Fox Paulistinha, e hoje brincam dizendo que ele é "50% salsicha, 50% amor". Da cruza da Thor e Nina nasceu Bela, de um aninho, e todos moram juntos. 

Bela, Thor, Nina e Maria Cristina. Família veio completa e em peso para o encontro. (Foto: Thaís Pimenta)
Bela, Thor, Nina e Maria Cristina. Família veio completa e em peso para o encontro. (Foto: Thaís Pimenta)
Encontro reuniu 30 cães na Orla Morenae deve acontecer mês sim, mês não, sendo organizado por grupo. (Foto: Thaís Pimenta)
Encontro reuniu 30 cães na Orla Morenae deve acontecer mês sim, mês não, sendo organizado por grupo. (Foto: Thaís Pimenta)

O marrento do grupo é Joaquim, carioca de 3 anos, com patas ainda mais curtas que o normal e pelagem manchada, ele é conhecido como um Arlequim Anão. Seus pais humanos Gilberto Felix e Lou Felix ja tinham tido um cão da mesma raça, que faleceu, e foram em busca de um outro filhote, mas queriam que sua pelagem fosse a Arlequim. 

"Procuramos por criadores da raça aqui mas é muito difícil encontrar. E na internet encontramos ele, mas morava no Rio de Janeiro, então o jeito que encontramos foi ele vir de avião", conta o casal. Do grupinho, Joaquim era o mais marrento, e latia para todo mundo que chegava perto dele e de seu dono.

Já Salsicha, filhote da organizadora do evento, a jornalista Catarine Sturza, estava achando que o encontro era uma micareta de cachorros, era o mais safadinho do grupo e quis pegar toda as fêmeas que bobeavam. Quem olhava paa ele, totalmente saudável e animado, jamais imaginaria o estado em que Catarine o adotou de uma potetora independente. "Ele tem leishmaniose estava magro a ponto de aparecer suas costelas. Quando eu o adotei a protetora foi super responsável, me observou para ver se ele estava sendo bem cuidado, tudo certo, e hoje, com o tratamento correto seus exames mostram a leish como negativa", explica.

Ele é irmão da vovó Lupi, de 11 anos, que foi achada no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). Do encontrinho ela era a mais tranquila. Com um vestidinho rosa, levava sua própria sacolinha e ia seguindo Catarine por onde fosse.

Encontro serviu para donos trocarem informações sobre a raça. (foto: Thaís Pimenta)
Encontro serviu para donos trocarem informações sobre a raça. (foto: Thaís Pimenta)
Lupi e seu modelito romântico. (foto: Thaís Pimenta)
Lupi e seu modelito romântico. (foto: Thaís Pimenta)

De acordo com Catarine, a intenção é realizar o encontro um mês sim, outro não. "Nos reunimos por meio de um grupo no Whatsapp. Optamos pelo domingo e pelo local, que foi escolhido em conjunto. É um momento para eles se divertirem e pra conversarmos sobre a raça", diz. Quem quiser participar dos próximos encontros pode acessar o Instagram do Clube dos salsichas pelo link.

O casal do protetores independentes Aldemir e Cristina Canheto estavam com Negão e Doris, ambos resgatados de situação e abandono, ele com problemas renais sérios e ela encontrada na rua. "Nosso trabalho é primeiro resgatar a saúde do animal, vaciná-lo, castrá-lo, para depois doá-lo com responsabilidade", conta Aldemir.

A gordinha Doris, inclusive, está para adoção. Quando foi encontrada, ela tinha um terço do peso que tem hoje. "Ela é um amor. Precisa estar deitada com a gente sempre, pede carinho e atenção e dorme na cama conosco", completa.

E por último mas não menos importante, o casal de salsichas albinos chegou atrasado e perdeu a foto em conjunto. Khalese e Snow são resultado de uma cruza comum mas nasceram especiais: com pelagem Arlekim, olhos azuis, fucinho branco e corpinho branco.

"Eles exigem cuidado especial pela cor da pele. Em casa ou na rua, precisam de Bepantol, protetor solar, porque a raça, em si, já tem probleminhas de pele, e albinos a situação fica um pouco mais criteriosa", dizem os pai dos dois, Aline Pimenta e Fábio Defante. 

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Doris, para adoção, e Negão. (foto: Thaís Pimenta)
Doris, para adoção, e Negão. (foto: Thaís Pimenta)
O casal Snow e Khalessi. (Foto: Thaís PImenta)
O casal Snow e Khalessi. (Foto: Thaís PImenta)
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