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Comportamento

Aos 22 anos, Dr. Torresmo nasceu do amor de Flávio por Mato Grosso do Sul

Estudar em MS trouxe uma nova visão de mundo a Flávio que criou personagem para fazer crianças e adultos sorrirem

Thailla Torres | 16/01/2019 08:47
Dr. Torresmo, personagem de Flávio que leva alegria por onde passa em MS. (Foto: Arquivo Pessoal)
Dr. Torresmo, personagem de Flávio que leva alegria por onde passa em MS. (Foto: Arquivo Pessoal)

Nem só de pancadas se vive um Estado que, também carrega em sua bagagem, problemas com educação, saúde e segurança, por exemplo. Mato Grosso do Sul tem seus encantos e é bonito ver quando alguém busca fazer a diferença dentro dele. Com formação em Letras, o jovem professor Flávio Faccioni, de 22 anos, é daqueles que não nega amor por MS e, entre tantos projetos, leva o nome estado em suas aulas e na voz do personagem Dr. Torresmo criado por ele para levar alegria e motivação a adultos e crianças. 

Flávio é de Tanabi, interior de São Paulo, e chegou por aqui em 2014 quando passou no vestibular e foi para Três Lagoas estudar Letras. Logo na graduação ele se interessou em projetos sociais e foi atuar em ações de Corumbá, na Aldeia Limão Verde em Miranda e na Aldeia Aldeinha, em Anástácio, onde desenvolveu seus primeiros trabalhos com o palhaço Dr. Torresmo, personagem criado por ele. "Leva esse nome porque eu era mais gordinho e o intuito era ser bem humorado. Tenho muito orgulho do meu personagem", conta Flávio.

Campanha para conseguir falar com cantor.
Campanha para conseguir falar com cantor.
Depois de várias fotos, ele conseguiu.
Depois de várias fotos, ele conseguiu.

Os projetos sociais e o contato com os professores abriram para Flávio ir além. Ele decidiu estudar a cultura sul-mato-grossense, o que rendeu até campanha para conquistar minutos de entrevista com o cantor Almir Sater. "Me interessei muito pelo trabalho com os povos indígenas e tomei gosto pelo assunto. Ao lado de uma professora visitei muitos lugares no Estado, hoje digo que conheço mais o MS do que São Paulo", diz ele, lembrando que, em uma das viagens, escutou uma música do cantor Almir Sater que o fez desenvolver um projeto em que o tema da dissertação é a história de Kikio, de autoria de Geraldo Espíndola e interpretada por Almir.

"Esse projeto eu desenvolvo desde 2018 e devo terminar ele em 2020. Com ele estou em La Paz, na Bolívia, para ministrar um curso de Língua Portuguesa que se chama 'Brasil Pantanal' em que trabalho a riqueza cultural que há no Mato Grosso do Sul. Uma oportunidade muito importante porque carrego o nome da universidade e isso é muito enriquecedor, sobretudo, para mim".

Para dar continuidade ao projeto, Flávio precisava muito falar com Almir Sater. Mas depois de várias tentativas, foi através de uma campanha com os amigos que ele conseguiu chamar a atenção do artista. "Como foi difícil o acesso, fizemos várias imagens com a frase 'Almir Sater fala comigo', para que a foto chegasse até ele. E deu certo".

Flávio em companhia sul-mato-grossense.
Flávio em companhia sul-mato-grossense.

Hoje, apesar do pouco tempo morando no Estado, Flávio não se vê longe do MS. "Não vejo minha vida a não ser em Mato Grosso do sul, parece pouco tempo para falar isso, mas é aqui que eu me constituo e me vejo como pessoa. O que chama atenção égrandiosidade cultural e nos torna diferente de todos os outros".

O que ainda é preciso para se acostumar? "O tereré, esse ainda não consigo tomar, então ainda sou 90% sul-mato-grossense".

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