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Comportamento

Após 7 horas de trabalho, artista teve mural destruído por comerciante

Com mais de 25 metros, arte na Orla Morena deveria ajudar crianças nas oficinas infantis

Por Jéssica Fernandes | 31/01/2024 12:42
Thais Maia, de 28 anos, teve trabalho 'arrebentado' por comerciante. (Foto: Arquivo pessoal)
Thais Maia, de 28 anos, teve trabalho 'arrebentado' por comerciante. (Foto: Arquivo pessoal)

O mural de mais de 25 metros deveria servir de cenário para oficinas infantis na Orla Morena, mas a tinta branca jogada por um morador do Bairro Vila Planalto colocou, pelo menos por hora, fim ao projeto. Thais Maia, de 28 anos, passou sete horas grafitando o espaço, gastou R$ 2 mil em material e no final da noite de quarta-feira (30) a arte foi destruída.

Nas redes sociais, a artista postou durante todo o dia o processo do trabalho que estava sendo acompanhado e elogiado por quem transitava na Orla Morena. “A população tava amando, todo mundo parando pra elogiar. Várias pessoas do bairro passando o contato e me pedindo para fazer no muro deles. Um monte de gente tirando foto super elogiando”, escreveu nos stories.

Ao Lado B, ela explica que a confusão começou no final do dia após um comerciante ligar para dois homens que foram até o local. “Os outros comerciantes estavam de boas, mas ele começou a ligar pra todo mundo e chegaram dois amigos dele gritando. Os próprios clientes desse cara levantaram para defender a gente, falaram que o trabalho estava ficando lindo”, afirma.

Veja o vídeo:

Segundo a artista de rua, a Polícia Militar estava acompanhando o trabalho dela e de outros dois artistas. No momento da confusão, a equipe da PM conversou com o comerciante que esperou a viatura ir embora para vandalizar a arte. “Eles jogaram tinta, jogaram tinta na nossa frente. Eles ficaram até de noite passando tinta”, fala.

Os R$ 2 mil investidos no material estavam sendo guardados por Thais há semanas. A intenção da grafiteira era fazer o mural e posteriormente realizar oficinas gratuitas de arte. “A ideia era começar oficinas para as crianças na Orla, porque tem muitas na região. Eu conversei com ele (comerciante), falei das oficinas, do projeto e ele não quis nem saber, só meteu o louco”, desabafa.

A artista defende que o grafite e a arte são formas de recuperar cenários da cidade. “O grafite entra como revitalização de espaço público, então não é crime, nossa ideia é contribuir”, destaca.

Thais registrou parte do mural antes de ele ser vandalizado. (Foto: Arquivo pessoal)
Thais registrou parte do mural antes de ele ser vandalizado. (Foto: Arquivo pessoal)

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