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Comportamento

Carregando aliança do grande amor há meses, avó emocionou noivado da neta

Thailla Torres | 21/03/2019 08:11
Liana recebeu de surpresa aliança da avó para o momento do sim em noivado. (Foto: Arquivo Pessoal)
Liana recebeu de surpresa aliança da avó para o momento do sim em noivado. (Foto: Arquivo Pessoal)

Perder um grande amor está entre as dores que não são fáceis de descrever, muito menos mensurar. Há cinco meses, dona Ermantina da Silva, de 82 anos, sabe o que é carregar essa dor no peito, por isso, leva no bolso a caixinha com par alianças que usava com o marido José e que a deixou em outubro de 2018.

A família não sabia desse detalhe até o último dia 10 de março, quando a neta Liana Feitosa, de 29 anos, chegou para o seu noivado, em Aquidauana, numa cerimônia intimista, apenas para os pais, avós e irmãos.

O sonho do casamento sempre esteve ligado à história dos avós de Liana. “A união deles sempre foi uma inspiração para mim e, agora em janeiro, se meu avô estivesse vivo, ele teria comemorado com minha avó 68 anos de casado, é uma história de vida longa e que sempre me emocionou”.

Liana e o noivo Gustavo Córdoba. (Foto: Arquivo Pessoal)
Liana e o noivo Gustavo Córdoba. (Foto: Arquivo Pessoal)

Ao presenciar o noivado da neta, Ermantina e os familiares brincaram na hora do “eu aceito” sobre o noivo estar sem uma aliança de noivado. Entre risos e coração batendo forte no peito, a avó roubou a cena emocionando de vez a neta e o futuro noivo.

“Foi quando minha avó buscou a caixinha com a aliança dela e do meu avô. Aqui me emocionou muito porque para mim meus avó são a origem de tudo e vê-la me oferecer o que ela tem de mais precioso hoje fez meu coração bater forte”.

Liana preferiu não colocar o par de alianças, uma escolha segundo ela em sinal de respeito, mas fez questão de segurar nas mãos o par que vai por muito tempo representar a história de amor do casal. “Minha avó revelou que desde a morte do meu avô ela tem carregando a caixinha por medo de perder o que ficou deles. Ela colocou as duas alianças juntinhas e contou ainda que o coração dói quando olha para elas”.

O avô, José, faleceu no ano passado deixando a imagem de alguém a ser seguido para a neta. “Foi muito difícil para todos nós, até porque eu sonhava muito em tê-lo no meu casamento. Meu avô era um homem de muito caráter e história longe de amor, mas a gente não admira só por isso, mas por todos os percalços que eles venceram juntos”, conta.

À esquerda, o avô José. (Foto: Arquivo Pessoal)
À esquerda, o avô José. (Foto: Arquivo Pessoal)

Sensibilizada, Liana observou que o momento do noivado foi um instante de muita alegria, mas também saudade para a avó. “Tenho certeza que ela nunca vai esquecer dele. Na época em que casaram, era uma moça nova, mas ela jura que casou por amor com meu avô”.

A aliança que Ermantina guardou na caixinha é a última que ganhou nos 50 anos de casada, mas a primeira aliança também está em um lugar especial, conta a neta. “Ela guardou a que usava nos primeiros anos de casada, que hoje está surrada, mas carrega a força de uma longa história de amor”.

Além de todo simbolismo das alianças, Liana se emociona com a história dos avós porque ela está intimamente ligada com a dos pais. “O casamento dos meus pais é fruto de uma grande amizade do meu avô materno com o avô paterno, eles ainda eram crianças quando se conheceram e na vida adulta os filhos se encontraram. Isso também me deixou muito emocionada”.

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