ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 22º

Comportamento

Com direito a cartão folheado a ouro, colecionadores querem uma sede

Anny Malagollini | 04/12/2012 07:44
Sônia pagou R$ 2.5 mil por uma dessas relíquias
Sônia pagou R$ 2.5 mil por uma dessas relíquias

Colecionador de verdade tem até cartão telefônico folheado a ouro. Sônia pagou R$ 2.5 mil por uma dessas relíquias. A peça veio do Japão, mas fica em casa, guardada.

Nas reuniões com outras pessoas também dispostas a “quase” tudo por um item especial na coleção, a mulher de 37 anos aparece apenas para comprar.

“É bonito de ver”, defende Sonia, apresentando parte das unidades que recolhe desde 1996, quando esse tipo de tecnologia apareceu no Brasil.

Hoje, praticamente duas décadas depois, ela se orgulha e ter mais de 5 mil cartões telefônicos guardados.

Todo segundo sábado de cada mês, ela e um grupo de 10 pessoas se reúnem em um dos locais mais conhecidos pela aglomeração de colecionadores, a agência dos Correios do Shopping Campo Grande. Mas agora o grupo quer uma sede própria.

Jose Rodrigues pinto, 73 anos, é aposentado, escritor e, claro, colecionador. Ele conta que tudo começou como uma brincadeira, aos 21 anos. Morava em um pensionato em São Paulo com seu primo, que sempre mostrava dólares, até que um dia resolveu pegar as notas americanas do bolso do paletó dele. “Essas foram minhas primeiras notas e a revelação ao primo só se deu há alguns anos”.

Em Campo Grande José já deu inúmeras entrevistas sobre o hobby, sempre em busca de alguém que também tivesse esse tipo de paixão e deu certo. Com isso, conseguiu encontrar vários colecionadores e criou o grupo “Anunis-MS”, hoje com 2 anos. O grupo agora quer patrocínio para conseguir comprar um prédio.

São homens, mulheres e crianças, com moedas, cédulas, selos e os cartões telefônicos. Uma lista que para essas pessoas se torna mais valiosa que o próprio dinheiro.

Caleb Rees, 12 anos, é um dos caçulas do grupo. Há um mês o garoto decidiu investir na coleção de moedas, que era da avó. Cansada, ela deixou a tarefa de lado e o neto recomeçou o trabalho, de uma forma mais moderna. “Comecei comprando pela internet”.

Um dos colecionadores de selos é o representante comercial Adalberto Vabral, 64 anos. Além de hobby, para ele a coleção “é cultura”, por retratar a história. Cada imagem estampada é uma época registrada.

Jose Joaquim tem 82 anos e desde a década de 40 “se mete” com coleções. O selo “Olho de Boi”, de 1839, foi primeiro selo do país, e por conta da raridade se tornou um dos mais caros e podem chegar a custar 500 mil reais.

José Paulo, 61 anos, economista, brinca que coleciona de tudo, menos mulher. “O único problema é que para comprarmos é caro, mas para revender sai uma pechincha”, reclama.

Nos siga no Google Notícias