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Comportamento

Com Rosa até no sobrenome, dono de floricultura tem irmãos como "concorrentes"

Paula Maciulevicius | 27/07/2014 07:34
Com Rosa até no sobrenome, primeiro dono da floricultura da família sempre foi apaixonado por flores e plantas. (Fotos: Marcelo Calazans)
Com Rosa até no sobrenome, primeiro dono da floricultura da família sempre foi apaixonado por flores e plantas. (Fotos: Marcelo Calazans)

Há 33 anos, Carlos Roberto da Silva Rosa abria a primeira floricultura da família em Campo Grande. A vontade de trabalhar no ramo das flores ele trouxe do Rio de Janeiro, época em que morou lá quando menino e arrumou emprego na loja debaixo do prédio, onde o ofício era limpar as rosas.

Encantado por plantas e flores desde pequeno e com Rosa até no sobrenome, ele voltou para a Capital e começou a trabalhar nas floriculturas da cidade. Aproveitou a deixa para fazer contatos até iniciar as vendas por si só. O começo foi na rua mesmo, sem ponto, sem loja, só com um endereço fixo: na avenida Mato Grosso com a Padre João Crippa.

O começo de floricultura de Carlos Rosa foi na rua mesmo, sem ponto, sem loja.
O começo de floricultura de Carlos Rosa foi na rua mesmo, sem ponto, sem loja.

O tempo, o trabalho e a sorte lhe deram uma mãozinha e logo ele abriu as portas do comércio colocando os irmãos para ajudar. O nome, "Marrocos", veio depois da Copa do Mundo de 1982, quando ele ouviu falar do país pela primeira vez. "O Marrocos disputou a Copa, vi a história dele, gostei e falei vou colocar. Mas eu não tenho nada de marroquino não", brinca hoje Carlos, com 52 anos.

Os dois irmãos homens que ora ajudavam na floricultura, aprenderam a função até que a vontade de abrir uma floricultura só para si despertou. "Fui ensinando, eles foram gostando até abrirem a loja", conta Carlos. Apesar de serem o mesmo ramo, os Rosa não se veem concorrentes. "Não, a gente trabalha unido. Quando um não tem um produto, manda no outro. E aqui, você tem que permanecer sempre humilde e atender todo mundo igual. Acho que é estge o mérito da gente estar há tanto tempo", afirma.

Depois da Marrocos, foi a vez da Pequena Flor nascer, na esquina das ruas Antônio Maria Coelho e Padre João Crippa, do irmão de Carlos, a floricultura hoje abriga sete funcionários, todos da mesma família. "Aqui é todo mundo parente", apresenta o filho do dono, Bruno Rosa, de 23 anos. O rapaz cresceu, morou e trabalhou a vida toda no mesmo endereço.

Bruno Rosa, filho do dono da segunda floricultura até tentou desviar, mas viu que o negócio era este mesmo.
Bruno Rosa, filho do dono da segunda floricultura até tentou desviar, mas viu que o negócio era este mesmo.

"Para mim é normal entregar uma coroa de flores ou um buquê de rosas. Sempre foi assim. Eu até tentei fazer faculdade, fazer outra coisa, mas não adianta, meu negócio é floricultura mesmo, está no sangue", comenta.

O último dos irmãos a assumir outra floricultura da cidade, a Monte Líbano, na esquina da Mato Grosso com a Pedro Celestino, foi Marco Aurélio Rosa, em 1999. Iniciado muito cedo no ramo que declara sentimentos, seja de amor, alegria ou despedida, Marco se recorda de lidar com rosas ainda na adolescência.

"Está no sangue, eu já com 13 anos sabia fazer de tudo, a gente só foi se profissionalizando e inovando para não ficar só na flor", descreve.

Aos 37 anos, o mais novo do trio, já coleciona histórias de cada cliente que adentra à floricultura. "Uns são mais discretos não falam nada, outros dizem que brigaram com a esposa e que a única esperança que tem é a flor. A gente mexe e lida com a emoção das pessoas", resume.

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