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Comportamento

Entre carimbos e música, perna virou passaporte de Júnior e Fran pelo mundo

Paula Maciulevicius | 31/05/2017 08:10
Tatuagem feita duas semanas atrás, em Campo Grande, fez da perna de Júnior um passaporte aberto. (Foto: Arquivo Pessoal)
Tatuagem feita duas semanas atrás, em Campo Grande, fez da perna de Júnior um passaporte aberto. (Foto: Arquivo Pessoal)

"Por onde andei enquanto você me procurava..."

A letra não é de um rapaz que rodou o mundo até encontrar o amor. Francine já estava diante de Júnior desde a adolescência dos dois na cidade de Rio Brilhante. A tatuagem que ele carrega na perna é um passaporte aberto com os carimbos de viagens a dois pelo mundo. E a frase de Nando Reis carrega em si a saudade que bate ao escolher viver lá fora.

"Os carimbos são dos lugares onde eu passei com ela. A gente viajou e eu já estava bolando alguma ideia de fazer as bandeiras até que lembrei do meu passaporte", conta José Luiz Gunther Júnior, de 38 anos. 

Há quatro anos o casal mora em Madrid, na Espanha, onde Francine trabalha no consulado brasileiro. São longos os períodos longe do Brasil que acumulam saudade. "Então a frase, a letra do Nando Reis, além de ser de uma música muito bonita, tem a ver com este sentimento: saudade da família e dos amigos", descreve Júnior.

Francine, Júnior e o filho Augusto. (Foto: Arquivo Pessoal)
Francine, Júnior e o filho Augusto. (Foto: Arquivo Pessoal)
Na perna dele ficaram lembranças dos Estados Unidos, Turquia, Emirados Árabes, Espanha e Londres.
Na perna dele ficaram lembranças dos Estados Unidos, Turquia, Emirados Árabes, Espanha e Londres.

São nove anos de casamento, mas se contar desde o namoro, os dois têm duas décadas juntos. "A gente namorou muito tempo, noivou e quando ela fez o concurso para o Ministério das Relações Exteriores, eu fiz para trabalhar na Infraero. Éramos nós dois concursados em Brasília", conta. Quando a transferência para a Espanha saiu, Júnior se licenciou para acompanhá-la.

"Ela sempre foi apaixonada por isso de viajar, de conhecer outras culturas e como a gente se conhece há muito tempo, sempre planejamos de fazer as coisas juntos. Eu sempre quis ser piloto de avião, mas não cheguei a trabalhar com isso por conta de não poder acompanhá-la. Se cada um fosse fazer o que queria, ia acabar ficando separado", diz.

Na perna dele ficaram as primeiras lembranças da entrada nos Estados Unidos, Turquia, Emirados Árabes, Espanha e Londres. A tatuagem foi feita por um amigo da época de adolescência, Diego Boeno, duas semanas atrás. O casal que acabou de ganhar o primeiro filho teve de vir às pressas para o Brasil se despedir do pai de Júnior.

"Meu filho nasceu e a gente não podia viajar. Viemos de última hora por conta do falecimento do meu pai. Nós temos o nosso lado de conhecer o mundo, de sair e se aventurar, mas a gente sente saudade dos familiares e amigos".

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