ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 24º

Comportamento

Filho de cacique morto em ataque leva cultura guarani-kaiowá para Veneza

Paula Maciulevicius | 02/06/2013 11:10
Um dos porta-vozes dos guarani-kaiowá em Veneza é Genito Gomes, filho do cacique Nísio Gomes, ele quem vai falar da arte e cultura. (Foto: Arquivo/João Garrigó)
Um dos porta-vozes dos guarani-kaiowá em Veneza é Genito Gomes, filho do cacique Nísio Gomes, ele quem vai falar da arte e cultura. (Foto: Arquivo/João Garrigó)

As cores, os ritos e a arte guarani-kaiowá ganham espaço na Bienal de Veneza. A exposição aberta oficialmente neste final de semana na Itália terá índios da aldeia Guaiviry, de Aral Moreira, falando diariamente, até agosto, sobre a cultura indígena.

Os porta-vozes dos guarani-kaiowá em Veneza são Valdomiro Flores e Genito Gomes. Ele, filho do cacique Nísio Gomes, que protagonizou com a própria vida os ataques sofridos no acampamento Guaiviry em novembro de 2011.

“Nós estamos aqui para falar de nosso povo, de nosso passado, do presente e do futuro", diz Flores.

A narrativa de toda trajetória guarani-kaiowá é parte do novo trabalho do brasileiro Paulo Nazareth, um dos 150 artistas da exposição "O Palácio Enciclopédico", a principal seção da 55ª Bienal.

O acampamento Guaiviry fica a 364 quilômetros de Campo Grande, na divisão entre Aral Moreira e Amambai. Cenário do ataque aos guarani que terminou na morte do cacique Nísio Gomes, aos 59 anos.

No início da manhã de uma sexta-feira, pistoleiros invadiram a comunidade. Os guarani estavam acampados no palco do atentado desde o dia 1º de novembro e já vinham sofrendo ameaças de morte.

Nos siga no Google Notícias