Grávida ostomizada faz ensaio ao lado da enfermeira que a acolheu
Bolsa de ostomia não impede sonho da maternidade; apoio profissional inspira ensaio de gestante

Há quem diga que liberdade é poder ir e vir. Para Juliana de Carvalho Alves, 41 anos, ela veio na forma de uma cicatriz e de uma pequena bolsa acoplada ao corpo. Depois de mais de duas décadas marcada por dores, exames e diagnósticos, ela descobriu que podia viver sem o peso da doença e agora espera o segundo filho, João Guilherme. Ao lado, na gestação e na vida, está a enfermeira que a ajudou a atravessar o período mais difícil dessa transformação: Franciely Pereira Mota.
RESUMO
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Juliana Alves, 41, portadora de retocolite ulcerativa, celebrou sua segunda gravidez com um ensaio fotográfico que destaca sua ostomia, símbolo de superação. Acompanhada por Franciely Mota, enfermeira que a auxiliou na adaptação após a cirurgia, Juliana compartilha sua jornada de luta contra a doença inflamatória intestinal crônica, diagnosticada aos 15 anos. A ostomia, inicialmente encarada com rejeição, tornou-se sinônimo de liberdade e esperança após anos de sofrimento. O apoio de Franciely foi fundamental para a aceitação e recuperação da autoestima de Juliana, que agora vive a alegria da maternidade. O ensaio fotográfico, presente da enfermeira, celebra a vida e a superação, mostrando a ostomia não como limitação, mas como parte da história de Juliana.
Juliana tinha 15 anos quando recebeu o diagnóstico de retocolite ulcerativa, uma inflamação intestinal crônica. Aos 24, a rotina já era de dores diárias e perda de qualidade de vida. A solução médica era a ostomia, mas a ideia de viver com a “bolsinha” fez com que ela adiasse a decisão por anos.
Aos 37, com a doença agravada e sem alternativas, a cirurgia se tornou inevitável. O pós-operatório não foi apenas físico. Houve o luto, a rejeição ao próprio corpo, a autoestima abalada e a dificuldade de aceitação por parte dela e de pessoas próximas. Foi nesse momento que conheceu Franciely, enfermeira estomaterapeuta da Unimed Campo Grande.
“Nossa conexão foi instantânea”, lembra Juliana. “Não apenas pelo cuidado com a ostomia, pelo ensino do autocuidado, mas pela escuta, pelo acolhimento e a parceria dela comigo, o que se transformou numa relação de amizade”.

O apoio fez diferença. Aos poucos, Juliana passou a ver a ostomia não como limitação, mas como aliada. A dor que a acompanhou por tanto tempo cedeu lugar à esperança. Ela se apaixonou novamente e, agora, vive o sonho de uma segunda maternidade.
O que já era especial ganhou mais significado quando Franciely decidiu transformar o momento em celebração. Com ajuda de colegas, presenteou Juliana com um ensaio fotográfico de gestante. Nas imagens, a ostomia não é escondida, é mostrada como símbolo de superação e vida.
“A Fran é mais do que uma enfermeira, é alguém que me apoiou, me incentivou em um momento tão difícil da minha vida. Ela foi fundamental para que hoje eu estivesse bem, feliz, vivendo esse sonho. Por isso me emocionei muito quando vi ela chegar aqui”, conta Juliana.
Para Franciely, estar presente em histórias como essa é missão. “Eu me realizo quando vejo a evolução do paciente. Não é só sobre dar assistência, é sobre acolher, fortalecer a autoestima e ajudá-los a retomar a autonomia. Ver a Juliana vivendo esse momento lindo também me enche de felicidade”.

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