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Comportamento

Herança da estrada: filhas mantêm vivo o legado do pai caminhoneiro

Claudinei aprendeu profissão com o pai e hoje vê duas das três filhas trilharem o mesmo caminho

Por Clayton Neves | 10/08/2025 07:40
Herança da estrada: filhas mantêm vivo o legado do pai caminhoneiro
Bruna e Brenda mantêm o legado que Claudinei aprendeu com o pai. (Foto: Juliano Almeida)

O ronco do motor e a vista da estrada pela cabine sempre fizeram parte da rotina de Claudinei Ferreira Fortes. Aos 53 anos, o caminhoneiro seguiu os passos do pai, seo Francisco, e do irmão, João, que além de valores, ensinaram a profissão que desempenhou por toda a vida.

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Claudinei Ferreira Fortes, caminhoneiro de 53 anos, inspirou suas duas filhas, Bruna e Brenda, a seguirem a mesma profissão. A paixão por caminhões é uma tradição familiar, passada de pai para filho e, agora, para filhas. Bruna, de 27 anos, recorda sua infância ligada aos caminhões do pai e, mesmo após tentar outra carreira, retornou à estrada, onde hoje organiza rotas e cuida da manutenção da frota. Brenda, de 19 anos, a filha mais nova, descobriu sua paixão pela profissão acompanhando Bruna no trabalho. Apesar da pouca idade, já transporta cargas pesadas e enfrenta com determinação os desafios de um ambiente predominantemente masculino. Bionda, a filha do meio, apesar de não ter seguido a carreira, apoia as irmãs e admira a coragem da família. Claudinei, orgulhoso, planeja se aposentar em breve, deixando o legado da empresa familiar para suas filhas.

O que ele não imaginava é que, décadas depois, veria duas de suas três filhas conduzindo o mesmo sonho e mantendo o legado da família. "Pra mim é um orgulho imenso ver elas continuando nessa profissão que aprendi com meu pai. Agradeço a Deus todos os dias por ver elas bem e trabalhando", comenta.

Bruna Fortes, de 27 anos, foi a primeira a seguir os passos do pai. “Não lembro de nenhuma parte da minha infância sem o caminhão. O vermelho que eu dirijo hoje é o mesmo em que ele dirigia e que criou a gente dentro”, conta.

Herança da estrada: filhas mantêm vivo o legado do pai caminhoneiro
Desde a infância, rotina no caminhão fez parte da vida das filha. (Foto: Juliano Almeida)

Mesmo quando Bruna tentou outra profissão, o motor falou mais alto. “Tive uma gráfica, mas nunca fui feliz lá. Sempre quis o caminhão”. Hoje, além de dirigir, ela organiza as rotas e cuida da manutenção.

Para ela, manter o legado da família foi algo natural, mas notar o orgulho do pai é a maior satisfação. "Meu pai é nossa maior inspiração, é um ser humano incrível. Trabalhar com o que ele fez a vida toda também é uma forma de homenagem para ele", avalia.

Foi dela, inclusive, a ideia de transformar a memória em presente. Em um Natal, ela mandou fazer uma miniatura fiel do primeiro caminhão do pai. “Foi uma das únicas vezes que vi ele chorar”, revela.

Herança da estrada: filhas mantêm vivo o legado do pai caminhoneiro
Brenda ainda na infância ao redor do caminhão que o pai dirigia. (Foto: Juliano Almeida)

A caçula caminhoneira, Brenda, de 19 anos, se apaixonou pela profissão no último ano da escola. “Terminei o ensino médio e fiquei um semestre sem estudar. Ia com a Bruna todo dia acompanhar ela no trabalho. Fui gostando e não parei mais”, relata.

A jovem tirou a habilitação há poucos meses, mas já encara cargas de até 17 toneladas no dia a dia de serviço. Graças a Deus, a maioria das vezes as pessoas ficam admiradas quando percebem que é uma mulher dirigindo. Mas se alguém duvida, a gente insiste e mostra do que é capaz", pontua.

A filha do meio, Bionda Fortes, 23 anos, é arquiteta e não herdou a paixão por dirigir caminhão, mas é uma das maiores incentivadoras. “Não nasci com esse talento, mas admiro muito o pai e minhas irmãs. É uma área que exige coragem”, comenta.

Herança da estrada: filhas mantêm vivo o legado do pai caminhoneiro

Depois de anos de serviço, Claudinei já está deixando as filhas assumirem a empresa de transportes que conquistou com muito trabalho duro. O plano é, aos 60 anos, trocar a rotina por viagens com a esposa.

 Até lá, ele segue de perto o trabalho das filhas e aproveita cada quilômetro dessa jornada que começou com ele, mas que já tem nova geração no comando.

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