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Comportamento

Homem anuncia em jornal busca por mulher “que acredite na felicidade”

Ângela Kempfer | 27/02/2014 06:27
Números foram borrados para a publicação da reportagem.
Números foram borrados para a publicação da reportagem.

Depois de 22 anos casado, Jorge se separou, largou mão da vida social e nunca mais encontrou alguém. A solidão bateu e então o mecânico de automóveis decidiu apelar. Publicou em jornal de Campo Grande anúncio em busca de uma mulher “cristã, que ainda acredite na felicidade de um grande amor”.

Religioso, ele escolheu o jornal O Cidadão Evangélico pensando em atingir um público feminino que seja compatível com o que ele acredita. Como quer apenas mulheres que frequentam a igreja, pede para ter a privacidade preservada, sem fotos ou divulgação do telefone e do nome completo.

Então, a mulherada que se interessar, terá de procurar um exemplar do jornal, que tem edição mensal. Por segurança, fomos até o endereço informado por Jorge e confirmamos onde ele mora. Com tanto golpe de "Don Juans" por aí, é bom se precaver.

Aos 47 anos, ele é pai de 3 meninas, as filhas ficaram com ele depois do divórcio. Uma já é casada, a outra vai se casar no próximo dia 17 e só a caçula ficará em casa. Momento ideal para aumentar a família, explica. “As meninas me apoiam, só pedem para eu ter cuidado, porque pode aparecer alguma pessoa malandra”, comenta.

A separação ocorreu por “desgaste natural”, resume, sem detalhes. O que deu errado na primeira tentativa de amor eterno é lição para um novo relacionamento, garante Jorge. “Da próxima vez, quero valorizar mais a minha mulher e priorizar ela”.

Morador da Vila Bandeirantes, ele diz que só sai de casa para ir ao trabalho e quando tem folga se enfia em uma chácara perto da cidade. Por isso é quase impossível encontrar a tampa da panela. “Não vou à festa, bares, não tenho contato com mulheres que não sejam da igreja”, diz.

O anúncio tem uma semana e até agora cinco pretendentes já telefonaram para o mecânico, sempre com as mesmas perguntas. “Elas querem saber se eu sou carinhoso, trabalhador, se eu não tenho vícios.”

A conversa é bem direta, diz ele, com uma praticidade que parece incompatível com o amor. “Elas colocam os objetivos delas e eu coloco os meus. Para a gente ver se quer as mesmas coisas. Tem de ser assim mesmo, sem enrolar. A primeira coisa que eu digo é que quero fazer alguém feliz. Sei que se isso acontecer, vou ser retribuído.”

A última parte nesse “processo” será marcar o encontro para ver se existe química entre os dois, apesar de Jorge jurar que a parte física não é o ponto fundamental . “Tem pessoas atraentes que não valorizam o outro. Quero uma companheira”, explica.

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