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Comportamento

Maior viveiro de bonsais de MS serve de lembrança dos que se foram

Wagner Takamori criou um hotel geriátrico cheio de bonsais onde cada exemplar pode carregar o nome daqueles que se foram

Lucas Mamédio | 24/01/2021 08:20
Parte dos bonsais de Wagner (Foto: Arquivo Pessoal)
Parte dos bonsais de Wagner (Foto: Arquivo Pessoal)

Wagner Takamori iniciou sua paixão pelos bonsais na juventude, quando morou no Japão. Hoje o empresário é dono do maior viveiro de bonsais do estado, com mais de 5 mil exemplares divididos em sua casa, no hotel para idosos que possui e em outro viveiro.

“Morei 15 anos no Japão, estudei fotografia e sempre treinava fotografia em um viveiro de bonsai que tinha perto de casa, ai nasceu minha admiração”, explica.

E não é só isso, nos exemplares que ficam no hotel, é possível homenagear entes queridos que se foram dando nomes às plantas. A ideia surgiu em 2020.

Wagner recebeu uma doação de mais de 2 mil bonsais (Foto: Arquivo Pessoal)
Wagner recebeu uma doação de mais de 2 mil bonsais (Foto: Arquivo Pessoal)
São mais de 400 espécies diferentes (Foto: Arquivo Pessoal)
São mais de 400 espécies diferentes (Foto: Arquivo Pessoal)

“No início da pandemia resolvi criar um projeto unindo o Hotel Residência Emilio Takamori, um hotel geriátrico que montei para dar mais conforto ao meu pai, paciente paliativo. A arte que tanto admirei minha vida toda, um hotel geriátrico é por muitos lembrado como fim, e eu queria quebrar essa imagem, foi onde nasceu a ideia de criar um jardim oriental com bonsai, e batizar cada bonsai com o nome dos nossos vovós e vovôs,  para ter sempre a imagem de uma lembrança viva, hj temos parentes que vem toda semana visitar o bonsai que leva o nome do pai, ou da mãe, que faleceu”.

Segundo Wagner a ideia deu tão certo que hoje em dia muitos parentes fizeram do local um “santuário” onde visitam os bonsais como se tivesse indo falar com os familiares que faleceram. “Transformamos a imagem da "morte" em algo vivo e lindo”.

Wagner começou a paixão pelo bonsai quando morou no japão (Foto: Arquivo Pessoal)
Wagner começou a paixão pelo bonsai quando morou no japão (Foto: Arquivo Pessoal)

O projeto cresceu e Wagner recebeu uma doação que alocou seu viveiro a um dos maiores do Centro-Oeste. “Recebi de um bonsaista local uma doação de 2 mil plantas, todo um viveiro de 30 anos de trabalho, incluindo uma imbaúba de 65 anos, avaliada hoje em 50 mil reais. Com essa doação a nossa história ficou famosa, e bonsaistas do Paraná,  Minas, SP,  RJ começaram a mandar doações, e presentes, como vasos e adubos, comecei a viajar também e adquirir plantas de sítios”.

Com tudo isso Wagner hoje tem quase 5 mil exemplares divididos em 410 espécies diferentes. “Desconheço um espaço com esse número de plantas no Centro-Oeste”.

Para saber mais sobre o trabalho de Wagner acesse o o site oficial.

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