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Comportamento

Na idade em que viajar com pais é chato, irmãs não dispensam estrada em família

Na última delas, foram 11 dias em um Voyage, a caminho do Rio Grande do Sul

Thaís Pimenta | 01/09/2018 09:14
Victoria, Joita, Ailton e Stefani em Gramado, um dos pontos pelos quais a família escolheu parar para conhecer. (foto: Acervo Pessoal)
Victoria, Joita, Ailton e Stefani em Gramado, um dos pontos pelos quais a família escolheu parar para conhecer. (foto: Acervo Pessoal)

Em uma idade em que a galera quer mesmo é viajar com os amigos, as irmãs Stefani e Victoria Romcy deciriram passsar 11 dias na estrada com Joita e Ailton, mãe e pai das meninas. A primeira, a mais velha, tem 24 anos, a mais nova, 21, e mesmo assim, não desgrudam quando os planos está na estrada, ao lado dos pais. E nem é pacote com ida e volta de avião. A família encara as aventuras de carro.

Nessas andanças, a estrada já os levou ao Rio Grande do Sul, para encontrar parte da família de Joita que ainda não conheciam, e rendeu uma ida ao Morumbi para assistir São Paulo e Palmeiras, primeiro jogo entre pais e filhas.

Stefani conta que a família é bem avetureira e que sempre estiveram juntos nestes momentos, sem rumo completamente definido. ''A gente sempre viajou em família, nos últimos dez anos, pelo menos uma vez por ano, saíamos de casa, geralmente sentido litoral'', conta. O pai adora dirigir e tem como sonho comprar um motorhome para sair com a família completa, incluindo o irmão mais velho das meninas, Herbert, e seus netos, Brasil afora.

O destino era conhecer Porto Alegre e cidades interessantes ao longo do caminho, e foi o que fizeram. ''Minha mãe tem uns parentes que não conhecíamos. Eles vieram no mesmo ano para Campo Grande passar uns dias, e nós retribuímos a visita. E foi muito bacana porque notamos várias coisas em comum, como o amor pelo futebol e o amor pela cerveja'', brinca.

No aniversário do tio avô em Porto Alegre, com a família reunida, que os receberam no Rio Grande do Sul. (foto: Acervo Pessoal)
No aniversário do tio avô em Porto Alegre, com a família reunida, que os receberam no Rio Grande do Sul. (foto: Acervo Pessoal)

Os pais reconhecem que são privilegiados e acreditam que as meninas estejam com eles nestas aventuras até hoje porque isso já faz parte da rotina da família. '''É claro que depois que cresce a gente não consegue juntar todo mundo. O Herbert, por exemplo, não foi nessa viagem. Eles trabalham, estudam, todos temos nossas atividades. Mas toda vez que temos a oportunidade nos priorizamos e isso é muito bacana de ser vivido em família'', diz a mãe.

Para Victoria, são dessas viagens que surgem suas melhores lembranças. ''Viajar com a família significa muita coisa pra mim e as melhores lembranças que eu tenho são delas. Sou muito grata aos meus pais por terem me dado asas e me ensinado a voar, junto com eles e sozinha também'', diz a mais nova, que passou um ano em intercâmbio pela Holanda antes desta aventura com a família.

Stefani acredita que seus colegas, por exemplo, não vivam esses momentos em família porque, geralmente, não tem uma relação boa com os pais e irmãos. Mas ela insite em dizer que todo mundo deveria se esforçar pra fazer essas viagens acontecer. ''Porque a vibe da viagem em família é totalmente diferente da viagem com amigos. Em família a gente conhece mais o local, os pontos turísticos, disfruta melhor da culinária, cada um já conhece os gostos do outro, em família é mais íntimo. Não consigo explicar ao certo porque a galera não vive mais esses momentos em família. É difícil porque na minha a gente sempre teve esses momentos quando pode, somos muito unidos e a paixão por viagem nos unem ainda mais. Mas talvez, infelizmente, muitos não tem uma relação boa com os pais e preferem curtir uma viagem com amigos e namorado''.

Família no jogo em que o Palmeiras ganhou de lavada do São Paulo. Stefani é a única sem o uniforme verde. (foto: Acervo Pessoal)
Família no jogo em que o Palmeiras ganhou de lavada do São Paulo. Stefani é a única sem o uniforme verde. (foto: Acervo Pessoal)

Para o paizão, as trips os aproximam cada vez mais. ''Todo mundo gosta, curte viajar, cada vez é uma experiência única que a gente vai guardar pra sempre. E agora os netos estão acompanhando. Minha neta de 3 aninhos vê qualquer kombi passando e diz que se papai do céu abençoar o vovô vai comprar a kombi pra gente viajar, vê se pode uma coisas dessas?'', questiona.

Nesses 11 dias no carro, eles puderam visitar em Joinville um customizador de kombis para viagens, tudo para o pai poder sonhar um pouco mais com seu veículo adaptado justamente para rodar pelas estradas.

Não planejado, eles foram ainda para São Paulo aproveitar um momento que sonhavam ser quase impossível. Assistir a um jogo de São Paulo e Palmeiras no Morumbi. Isso porque o pai, a mãe e Victoria são palmeirenses, enquanto que Stefani é são paulina. 

''Várias vezes tentamos mas ainda não havia dada certo. Eu não sou muito fã de futebol mas foi emocionante até mesmo pra mim. Sentir aquela vibração toda é uma experiência única. Só que nesse jogo o Palmeiras tava dando de lavada no São Paulo e quando eu olhei a carinha da Stefani até me controlei mais. Foi 3 a 0 pro Palmeiras, tadinha'', conta Joita.

Os pais respeitaram a individualidade das filhas quando pediram pra sair de Itapema na sexta, cedinho, para chegarem em São Paulo no mesmo dia, a noite, para as irmãs irem ao show da Brazza, uma banda que adoram.  ''Isso mostra o quanto eles são parceiros e fazem o possível pra nos verem feliz. Acho que muito por conta dessa parceira somos uma exceção a regra'', completa Stefani.

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Parte da família em Porto Alegre, visitando a cidade.  (foto: Acervo Pessoal)
Parte da família em Porto Alegre, visitando a cidade. (foto: Acervo Pessoal)
Ainda em Gramado, saindo da cidade.  (foto: Acervo Pessoal)
Ainda em Gramado, saindo da cidade. (foto: Acervo Pessoal)
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