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Comportamento

Nada de fofura: obesidade em cães e gatos é um problema sério

Petiscos demais e pouca atividade: são receita certa para o sobrepeso do seu pet

Por Natália Olliver | 25/05/2025 08:10
Nada de fofura: obesidade em cães e gatos é um problema sério
Veterinária diz que é preciso sentir as costelas dos animais para identificar se não estão obesos (Foto: Reprodução)

Gatos e cachorros obesos até podem render boas risadas nas redes sociais, com vídeos cheios de “fofura” e exageros. Mas, por trás dos quilos a mais, pode estar se escondendo um sério problema de saúde. No MiAUNews de hoje, o Lado B trouxe dois veterinários que explicam por que o excesso de petiscos e mimos pode acabar deixando seu parceiro de quatro patas doente e os riscos que isso traz a longo prazo.

Muitas vezes, os donos não sabem que o animal está acima do peso e que os cuidados para que ele volte ao "tamanho" ideal vão além de reduzir a comida. Gisele Walter Crepaldi, médica veterinária especializada em nutrição e gastroenterologia, ressalta que a obesidade em pets é medida através do chamado Escore de Condição Corporal.

O exame analisa as costelas, que devem ser sentidas com facilidade, mas não devem ser visíveis; a cintura, que, vista de cima, deve ter uma leve curva entre costelas e quadril; e o abdômen, que, na vista lateral, deve apresentar leve elevação.

“Alguns sinais de sobrepeso podem ser percebidos quando temos dificuldade de sentir as costelas, cintura pouco ou nada definida, acúmulo de gordura no tórax, abdômen e base da cauda, cansaço excessivo com pouco esforço. O que muitos consideram 'fofinho' pode, na verdade, estar prejudicando o pet, diminuindo sua expectativa de vida, além de predispor a doenças articulares, cardíacas e diabetes.”

Nada de fofura: obesidade em cães e gatos é um problema sério
Os Pugs estão entre as raça que tem facilidade em desenvolver a obesidade (Foto: Reprodução)

Ela explica que é importante que o pet passe por avaliação nutricional para identificar o quão acima do peso está e traçar uma estratégia de perda de gordura.

“A dieta deve ser feita com ração terapêutica ou dieta caseira balanceada, com déficit de calorias, alto teor de fibras e proteínas, além de incluir exercícios físicos para facilitar a perda de peso. É muito importante evitar excesso de petiscos e pesar a ração para evitar que o pet fique acima do peso.”

O problema também acontece com os gatos. Mas, no caso deles, há um diferencial. Gisele pontua que eles possuem uma bolsa primordial na região do abdômen, responsável por proteger os órgãos. E que apesar de necessária, ela não pode ser grande.

“Isso é um excesso de gordura herdado dos gatos selvagens para proteger a cavidade abdominal. Essa bolsa precisa ser pequena. Quando se consegue visualizá-la muito caída, já pode ser sinal de que o gato está com excesso de peso. Só diminuir a ração não é o ideal, pois o pet pode ficar deficiente de nutrientes. Ele precisa usar ração de tratamento para obesidade. O que se pode fazer é evitar petiscos, começar a pesar a quantidade de ração conforme indicado na embalagem e estimular a prática de exercícios”, explica.

De acordo com Antonio Defanti Júnior, veterinário da clínica Bourgelat, algumas raças de cães são mais propensas à obesidade caso os tutores não maneirem na alimentação. Entre elas estão Golden Retriever, Labrador, Pug, Basset Hound e Beagle.

“Claro que existemdoenças que também causam obesidade. Por isso, é importante sempre levar seu pet ao veterinário. Um pet obeso, para uma pessoa leiga, seria quando ele está com o corpo arredondado, sem curvas.”

Ele acrescenta que, além da ração específica para controle de peso e da redução dos petiscos, o tutor também pode investir na fisioterapia e na hidroterapia.

“Existem suplementos à base de L-Carnitina, que aceleram o metabolismo e, automaticamente, 'queimam' mais gordura. Um veterinário vai sempre fazer a dosagem correta para o peso e porte do animal.”

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