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Comportamento

Namoro de 7 meses bastou para o sim em casamento coletivo aos 72 anos

Trinta e três casais participaram do casamento comunitário do Santuário da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Tatiana Marin | 15/12/2018 11:53
Roberto e Terezinha se unem em casamento comunitário no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro. (Foto: Kísie Ainoã)
Roberto e Terezinha se unem em casamento comunitário no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro. (Foto: Kísie Ainoã)

O amor não tem idade e o cupido acertou o alvo com dona Terezinha Ramos Alves, de 72 anos, e seu Roberto Mendonça Silva, de 66. Eles formam 1 dos 33 felizes casais que oficializaram a união junto à Igreja Católica no casamento comunitário do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na manhã deste sábado (15).

Dona Terezinha, de vestido branco, maquiagem e buquê. (Foto: Kísie Ainoã)
Dona Terezinha, de vestido branco, maquiagem e buquê. (Foto: Kísie Ainoã)

De vestido de noiva, maquiagem e segurando um buquê, dona Terezinha contou animada que conheceu Roberto no próprio Centro de Apoio da Igreja, há quase 7 meses. “Sou viúva há 20 anos e nunca tive namorado e agora conheci ele”, afirma e conta que a emoção é a mesma de quando casou pela primeira vez. Sorridente, seu Roberto ressalta a importância da união. “É importante legalizar”, comenta.

Edson Ramos Alves, de 41 anos, filho de dona Terezinha, estava presente acompanhado da esposa e filha. Sua reação foi de total apoio. “Primeiro falei ‘cometer a mesma loucura duas vezes é suicídio’”, brinca, “mas a gente tem que ser feliz, é bíblico, a pessoa não pode viver só”, acrescenta.

Edson, filho de dona Terezinha, apoia o casal. (Foto: Kísie Ainoã)
Edson, filho de dona Terezinha, apoia o casal. (Foto: Kísie Ainoã)

Casamento comunitário - Ao todo, 33 casais se uniram em matrimônio perante a Igreja Católica na ocasião. O evento acontece duas vezes por ano no Santuário, em agosto e dezembro. Cerca de dois meses antes são abertas as inscrições. Os casais precisam passar por um curso de formação e entrevistas com o pároco. Além disso, aqueles que ainda não receberam os sacramentos, devem cumprir com os requisitos.

Trinta e três casais oficializaram a união perante a Igreja Católica. (Foto: Kísie Ainoã)
Trinta e três casais oficializaram a união perante a Igreja Católica. (Foto: Kísie Ainoã)

Daniele da Silva Alves Lino Danza, de 25 anos, e Marcelo Danza, de 35, contam que passaram por todos os procedimentos. “Nós fomos todos os domingos, cada vez era um casal diferente que dava palestra, tivemos entrevistas com o padre também”, detalha Daniele.

Marcelo e Daniele à espera do início da cerimônia. (Foto: Kísie Ainoã)
Marcelo e Daniele à espera do início da cerimônia. (Foto: Kísie Ainoã)

“A gente acompanha muito o tradicionalismo da Igreja Católica, é muito importante”, concorda Marcelo. O casal fez questão de se unir no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, já que a noiva nasceu no dia da Padroeira do Estado. “Sou devota de Nossa Senhora, nasci no dia dela. Casamos em junho no civil, agora vamos casar na igreja. É importante oficializar na igreja, é uma bênção de Deus”, define.

Para eles, a oportunidade oferecida pela paróquia é importante, pois incentiva a seguir o compromisso com a igreja, além de, por ser coletivo, ser mais acessível e econômico para os casais.

Última celebração - O Padre Dirson, que esteve por 8 anos à frente da paróquia, vai celebrar pela última vez um casamento comunitário. Em janeiro ele deixa o Santuário e se muda para o interior do Paraná. Sobre a ocasião, ele demonstra a satisfação da adesão dos casais. “Fico feliz por este momento que a igreja oferece para esses casais regularizarem a vida sacramental. A gente sabe que fazer um casamento no religioso não é barato. Oferecemos a igreja, preparação, decoração, música, para facilitar essa adesão deles”, declara.

Namoro de 7 meses bastou para o sim em casamento coletivo aos 72 anos

A respeito de sua mudança, ele afirma que é natural o fim deste ciclo. “Faz parte da vida de qualquer padre, toda a missão tem um começo e um fim”, afirma, mas confessa que sua saída do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro lhe dá um aperto no coração. “A gente cria laços com as pessoas, amizades e, enfim, a gente constrói coisas e vê a reação de quem participa, e sente quando vai sair, uma certa saudade antecipada”, descreve.

Uma das grandes conquistas neste período foi Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ter sido dedicada como a Padroeira de Mato Grosso do Sul. Além disso ele enumera realizações estruturais e espirituais.

“Construímos a chácara de recuperação e centro de apoio dos devotos. Na questão espiritual, a devoção da Nossa Senhora aumentou, não só em Campo Grande, mas no estado. Também abrimos as portas do santuário para ajudar as pessoas na sua realização espiritual ampliando o número de de novenas e missas, criando momentos espirituais mais fortes”, finaliza.

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