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Comportamento

Nem chuva deu trégua para quem precisa vender morango: “A gente não pode parar”

Entre árvores caídas e alagamentos, jovem manteve venda de morangos durante temporal nesta manhã (5)

Por Thailla Torres e Gabi Cenciarelli | 05/11/2025 14:33
Nem chuva deu trégua para quem precisa vender morango: “A gente não pode parar”
Laís Eduarda, de 18 anos, vendia morango e paçoca debaixo de um pano improvisado. (Foto: Osmar Veiga)

A chuva era esperada, mas o que veio na manhã desta quarta-feira (5) foi mais que previsão de aplicativo. Caiu um temporal forte, daqueles que bagunçam o dia, derrubam árvores, alagam ruas e deixam bairros sem luz. No meio do caos, teve gente tentando continuar a rotina, mesmo que isso significasse enfrentar o vento e a água de frente.

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Durante forte temporal em Campo Grande, Laís Eduarda, de 18 anos, persistiu vendendo morangos e paçoca na Avenida Toros Puxian, mesmo enfrentando condições adversas. A jovem relatou momentos de medo quando ventos intensos espalharam mercadorias e derrubaram estruturas de venda.A vendedora, que trabalha diariamente com familiares em diferentes pontos da avenida, incluindo proximidades da UFMS, manteve-se firme em seu posto apesar das dificuldades. "A gente não pode parar, né? É determinação", afirmou, demonstrando resiliência diante das intempéries.

Na Avenida Toros Puxian, enquanto carros passavam desviando de galhos e poças, Laís Eduarda, de 18 anos, vendia morango e paçoca debaixo de um pano improvisado. A reportagem encontrou a jovem durante a cobertura da chuva e ficou difícil não parar. Ela estava encharcada, mas continuava ali, acenando para os motoristas que reduziam a marcha para perguntar o preço da fruta.

“Foi muito feio. Eu vi as árvores balançando, o vento veio muito forte, pra todos os lados. Caiu coisa aqui e também nos outros pontos. Teve caixinha que foi parar no meio da rua por causa da chuva. As coisas voaram pra tudo quanto é lado e a gente teve que correr pra catar tudo”, contou, ainda ofegante.

O medo veio junto com o vento. “Deu sim. Foi muito susto. Minha amiga, lá no ponto dela, chorou de nervoso. E eu também fiquei muito assustada aqui. Foi horrível, o vento parecia que ia levar tudo”, lembrou.

Ela trabalha todos os dias vendendo frutas e doces na região e diz que parte da família também ocupa outros pontos da mesma avenida. “Tem o pessoal lá pra baixo, perto da UFMS. Lá o carrinho chegou a voar”, conta.

Mesmo com o chão alagado, as caixas molhadas e o vento sem direção, Laís não pensou em ir embora.

Nem chuva deu trégua para quem precisa vender morango: “A gente não pode parar”

A gente não pode parar, né? É determinação. A chuva vem, o vento vem, mas a gente tem que continuar.”

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