Os bebês do dia 12 do 12, do ano de 2012
Completando 36 anos nesta quarta-feira (12), Otilde Maldonado ganhou de presente uma filha, Lúcia Regina, que nasceu hoje, às 1h27 da madrugada, no dia 12 do 12 de 2012. “Nem imaginava. Todo mundo está falando dessa data”, comentou a mãe, com o sorriso no rosto, sentada na cama da enfermaria, com a pequena Lúcia nos braços.
O dia, além do nascimento da filha e do próprio aniversário, não representa muita coisa para a dona de casa, mãe de três garotos. Como a curiosidade ganha destaque nas conversas, na internet e na mídia, não custa nada desejar boas vibrações. “É uma data especial. Que seja tudo diferente”, disse.
Na Maternidade Cândido Mariano, onde Lúcia está internada, até o 12h, outras 4 crianças vieram ao mundo. Fernanda Moraes da Silva, de 19 anos, deu à luz à Maria Elena, a segunda filha, no início da manhã, às 6h01.
O parto normal impossibilitou qualquer planejamento para o dia do nascimento da menina. A coincidência só foi percebida horas depois, longe do centro cirúrgico e de toda agonia.
À margem das explicações astrológicas, os números, para a dona de casa que ainda está no hospital, também não representam grande coisa. “Só vai ficar marcado”, comentou.
Alessandra Teles, de 38 anos, pensa da mesma forma. Para a secretária, a curiosidade do dia, fora a repetição que marca o calendário, está na exclusividade. “Não vai ter outra tão cedo”, argumenta.
No quarto, ao lado do filho que nasceu às 5h50, Alessandra comemora a data. O motivo estava ao lado, dormindo, enrolado na manta. “Ele nasceu com saúde”, disse.
Próximo dali, na recepção, Solange Vasconcelos de Alencar, de 24 anos, resolvia a parte burocrática para a internação. Grávida de 9 meses, a auxiliar de compras também não pensou em um dia específico para dar a luz, mas queria que a primeira filha, Maria Vitória, nascesse no dia 12.
A data que considera “única e diferente”, é a mesma do número da sorte, revela. A primeira previsão para o parto foi o dia 22, mas o obstetra resolveu, para alegria da mãe, adiantar os ponteiros para a tarde de hoje. “Fiquei surpresa”, finalizou, ao dizer que acredita no poder dos algarismos por se tratar de um número par.
Com a roupa do hospital, aguardando para entrar na sala de cirurgia, a comerciante Manira Pilonetto, de 32 anos, conta que planejou o dia do nascimento de Samuel, o quarto filho, mas o motivo não tem explicação esotérica.
Como está na quarta gestação, ela não pode entrar em trabalho de parto, por conta dos riscos. Por recomendação médica, ela adiantou o parto em um dia, antes de completar 39 semanas.
“Eu nem tinha pensado nisso”, disse, se referindo à data que ficará marcada na história.
