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Comportamento

Procura-se hostess em Campo Grande, peça agora fundamental na balada da cidade

Lucas Arruda | 02/10/2015 06:23
Luana trabalha de hostess no restaurante Imakay há cinco meses (Foto: Gerson Walber)
Luana trabalha de hostess no restaurante Imakay há cinco meses (Foto: Gerson Walber)

É comum nas baladas de Campo Grande ser recebido por uma mulher jovem, com um largo sorriso e simpatia. Mas as hostess, contratadas exclusivamente para receber as pessoas que chegam à festa, vivem uma época mais bacana aqui na cidade.

O mercado se abre em restaurantes, por enquanto só os mais sofisticados, que começam a exibir as meninas com estilo próprio, forma de vestir despojada, cabelo fora do convencional, maquiagem marcante e que também precisam ser firmes para dar conta do recado.

A modinha de New York City é muito comum em São Paulo, Rio de Janeiro ou Curitiba, mas em Campo Grande ainda é trabalho para poucos eleitos. E para quem quer entrar nesse ramo, é bom saber que os patrões buscam pessoas de personalidade no visual.

“A primeira coisa a se fazer é observar a identidade do lugar, para então você ver como vai se vestir. Já fui vestida com roupas bem extravagantes, mas só porque o lugar permite”, ensina Aline Arcangelo, também conhecida na noite como “Xalina”, que trabalha como hostess no meio GLS há quatro anos e atualmente está na boate Daza Club.

Hostess da Daza Club, Aline tem liberdade na hora de escolher o visual. Na foto está na festa junina da boate (Foto: Arquivo pessoal)
Hostess da Daza Club, Aline tem liberdade na hora de escolher o visual. Na foto está na festa junina da boate (Foto: Arquivo pessoal)

Outro fator essencial para as hostess é a simpatia. “Tem que sorrir o tempo todo, afinal você a cara e a porta de entrada do lugar. Tem que saber ter jogo de cintura também, porque o cliente muitas vezes é difícil, sempre vai ter um probleminha e tem que saber sair dessa situação da melhor maneira possível”, indica Aline.

Ela criou sua identidade na noite GLBT de Campo Grande. Aline já até ganhou festa por aqui. Em evento da banda Santo Chico ela foi chamada para trabalhar e a propaganda era “A hostess mais querida cidade”. Além desta, já aconteceu também duas festas em seu aniversário que foi intitulada Xalinete.

A noite pode dar mais liberdade para quem segue esta profissão, mas quem trabalha durante o dia também garante que ama. Quem chega no Imakay, restaurante de culinária oriental e peruana do shopping Campo Grande, é recebido por Luana.

Trabalhando há cinco meses, ela chegou lá para ser garçonete, mas o bom trato com o público e a beleza a fizeram se tornar hostess. “Eu gosto muito, é bastante diferente pra mim. Era bastante tímida, mas tive que superar isso e no contato com as pessoas você acaba fazendo amigos”, conta.

Luana foi ao restaurante Imakay em busca do serviço de garçonete e conseguiu se tornar hostess
Luana foi ao restaurante Imakay em busca do serviço de garçonete e conseguiu se tornar hostess

Apesar de vestir uma roupa mais convencional para trabalhar, ela consegue imprimir o seu jeito de vestir e abusa do cabelo afro. “Já atendi as pessoas com o cabelo solto e vou começar a usar lenços agora, que eu gosto bastante também”, relata.

Mas quem pensa que o trabalho termina ali na frente está enganado. A labuta continua após elas saírem das portas de entrada também. “Eu sempre fico na festa até o final e mesmo que eu esteja lá no meio, curtindo um pouco vem gente perguntar alguma coisa, tenho essa responsabilidade também”, afirma Aline.

Já Luana gosta de saber se os clientes estão a vontade. “Quando vou lá pra dentro sempre pergunto como estão, acho importante ter essa preocupação para ver se estão bem, isso os cativa”, indica.

Procura- se - O mercado está a procura dessas profissionais. A sócia-proprietária do Room 101 Pub já foi hostess na Valley. Ela diz que sempre gostou de baladas e não se sentiu bem quando trabalhou dentro de um escritório.

“Como conhecia todo mundo da noite foi fácil pra mim, era muito baladeira. Eu sabia quem era quem e trazia público para a festa e me encontrei na profissão, gosto de estar no meio das pessoas, me socializando”, declara.

Para ela, a hostess tem um papel fundamental no lugar que trabalha. “Depois do gerente ela é a peça mais fundamental, mas não pode ser somente a mulher bonita que fica lá na frente, tem que ganhar o cliente, pois se ela é simpática com ele no começo, pode ter certeza de que as chances da noite ser agradável aumentam muito”, ressalta.

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