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Comportamento

Silo abandonado vira estrutura para rapel urbano na saída de São Paulo

Com 18 metros de altura, atividade faz parte do roteiro de projetos de turismo radical

Thaís Pimenta | 09/10/2018 07:59
Estrutura tem 18 metros de altura e, pelo abandono, é aproveitada para os esportes radicais, No foto, Rapel CG MS. (Foto: Acervo Pessoal)
Estrutura tem 18 metros de altura e, pelo abandono, é aproveitada para os esportes radicais, No foto, Rapel CG MS. (Foto: Acervo Pessoal)

Desativados, os silos da antiga Concremix, localizados na saída para São Paulo, viraram estrutura para a galera que curte esportes radiciais praticar rapel urbano. Já faz 3 anos que o grupo Rapel CG MS visita a estrutura desativada para a prática do esporte, que por conta da altura, cerca de 18 metros, pode ser praticado por quem está começando ou por quem já tem familiaridade com a atividade. O lugar também virou atração para a criançada em outubro. O grupo Trilha Extrema organiza rapel infantil pela primeira vez no local, no dia 11 de outubro. 

O responsável pelo Rapel CG MS, Gustavo de Castelã Andrade, trabalha com segurança do trabalho e já conhecia o local desde 2003, quando o utilizava para  treinamentos que nada tinham a ver com rapel. "A estrutura funcionou para os meus treinamentos de segurança de trabalho muito antes de a empresa de esportes radical existir. É um espaço que serve especialmente para treinos de saída em emergências".

Grupo Rapel CG visita o espaço por três vezes ao ano. (Foto Acervo Pessoal)
Grupo Rapel CG visita o espaço por três vezes ao ano. (Foto Acervo Pessoal)

Ele mora perto da região e conta que sempre que passava por lá via uma movimentação de pessoas. Não demorou muito para Gustavo entender que era uma galera de outro tipo de esporte, do paintball, que ocupava o espaço frequentemente. "Inclusive, até onde eu sei, são eles que mantem tudo limpo por meio de mutirões. Nós vamos cerca de 3 vezes ao ano para o silo".

Por ser uma estrutura pesada, construída justamente para enguiçar e levantar os cilindros da antiga concreteira, não é perigoso a prática do rapel ali, inclusive o esportista explica que até mesmo uma pequena tirolesa pode ser montada nos silos.

"Tem alguns pontos de ancoragem na própria estrutura. Em outras palavras, existem pontos naturais, ou seja, construídos na estrutura, usados para passar os equipamentos de segurança, que em sua origem foram construídos para suportar grandes cargas", explica ele.

Mesmo sendo resistente existe a preocupação de ancorar pontos específicos e de backup, o que garante ainda mais segurança na prática. "Se um falhar o outro suporta o peso".

Mesmo não sendo tão alta para quem já pratica o esporte, aos inciantes olhando desse ângulo pode dar até uma certa vertigem.
Mesmo não sendo tão alta para quem já pratica o esporte, aos inciantes olhando desse ângulo pode dar até uma certa vertigem.

O espaço ainda permite contato com a natureza que circunda a paisagem abandonada há anos. E justamente por ser um ambiente diferente dos quais os praticantes estão acostumados - e apesar de ter uma altura não tão considerável para quem já está familiarizado com a atividade traz certo nível de dificuldade. 

"As pessoas estão acostumadas a decorar técnicas de saída, em pisar em uma pedrinha específica, por exemplo, e quando o praticante se depara com um ambiente diferente pode sentir insegurança e achar que não consegue sair. É aí que os instrutores entram e mostram que a técnica é a mesma dos outros ambientes".

Melanie Freire, do Trilha Extrema, disse que eles já fizeram duas visitas técnicas no local para garantir que tudo saia como planejado no encontro do dia 11. "Temos um mínimo de 10 e um número máximo de 15 crianças para podermos fechar tudo de forma tranquila". Para conferir o evento acesse o link.

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Rapel Kids, do Trilha Extrema, acontece dia 11. (Foto: Acervo Pessoal)
Rapel Kids, do Trilha Extrema, acontece dia 11. (Foto: Acervo Pessoal)
Estrutura conta com equipamentos de segurança; (foto: Acero Pessoal)
Estrutura conta com equipamentos de segurança; (foto: Acero Pessoal)
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