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Comportamento

Um grito de liberdade para quem sempre foi meio "largada" no quesito vaidade

Mariana Lopes | 15/04/2015 06:54
Clipe "Try", da Colbie Caillat (Foto: reprodução da internet)
Clipe "Try", da Colbie Caillat (Foto: reprodução da internet)

O clipe tem quase um ano, mas para mim ele é tão libertador que não me importa há quanto tempo foi lançado. Já ouvi diversas vezes, principalmente em ápices de crises amorosas, o seguinte conselho: "se pinta, se arruma, coloca uma roupa bacana pra chamar a atenção dele". Com uma inquietação contida, eu fazia muito bem a lição de casa e na maioria das vezes exibia nota dez e um sorriso de dever cumprido.

Mas o que nunca consegui, foi manter a manequim por muito tempo. Confesso: morro de preguiça de me arrumar e me maquiar todos os dias. Gosto de cara lavada e cabelo bagunçado. Amo roupas largas e básicas. Troco o salto fino por uma rasteirinha sem pensar duas vezes. E se for de manhã, recém-acordada, prefiro ir para a forca a ter que me "produzir".

Em alguns momentos isso chegava a me pesar na alma, pois me achava um tanto desprovida de vaidade e feminilidade. E ao assistir o clipe "Try", da Colbie Caillat, um grito de liberdade invadiu meu peito e descobri que eu não preciso ser tão exigente comigo mesma por eu ter um estilo mais despojado (ou mais largado, como preferir).

Em vários trechos da música, Colbie faz um questionamento muito importante, ao meu ver: "Do they like you?"

Cansada desta ditadura da beleza, de uma constante busca por aceitação, eu engrosso o coro dos adeptos à canção "Try". Isso não significa jogar fora todos os meus batons, queimar todas as minhas roupas mais caprichadas e nunca mais me arrumar.

Veja bem, o que quero dizer é que vaidade de maneira equilibrada é bacana, mas me tornar escrava dela é, para mim, tirar a minha essência. A beleza de cada mulher está naquilo que ela carrega dentro de si, no sorriso espontâneo, no abraço sincero, na palavra amiga...

*Mariana Lopes é jornalista e colaboradora do Lado B

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