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Consumo

Artistas trocam palco por festas e ganham dinheiro como duendes e Papai Noel

Ângela Kempfer | 18/11/2013 06:51
Rane (no centro) e os duendes do Papai Noel.
Rane (no centro) e os duendes do Papai Noel.

Rane Abreu é artista desde sempre. É das antigas em Campo Grande, já passou pela maioria dos grupos, fez escola de circo... mas diz que se “encontrou” longe dos teatros, pelo menos, daquele espaço formal, com cortinas, holofotes e bilheteria.

Neste Natal, a atriz pode ser Mamãe Noel, duende, ou o que surgir. Há 4 anos é assim. De entrega de presentes, a cantata natalina, é só chamar e assinar o contrato. Com grupo de artistas “associados”, ela montou a Chico Maria, uma empresa com músicos e atores, para ganhar a vida com performances em empresas e instituições.

“Nós conseguimos fazer a arte ficar empreendedora”, justifica Rane, que conta já ter sido muito cobrada pelos colegas por conta do caminho mais comercial. “Não me importo com a cobrança, por que o que faço ainda é teatro e para pessoas que nunca saíram de casa para assistir nenhum espetáculo", argumenta.

Hoje, no “elenco”, a diretora tem Papai Noel com barba natural ou artificial, uma senhorinha que incorpora a esposa do bom velhinho, e todo o tipo de personagem que for preciso colocar na rua, dependendo da data comemorativa ou da intenção.

“Fazemos muitas apresentações de conscientização ambiental, por exemplo. Já estivemos em usina de álcool, falando para pessoas que nunca estiveram em um teatro”, lembra Rane.

A opção por uma mulher mais velha como Mamãe Noel, por exemplo, foi pela festa ser coisa de família. “Não combina com uma gostosa vestida de vermelho”, diz Kelly Zerial, uma das produtoras do grupo.

Para Rane, que escreve todos os textos da Chico Maria e também dirige as apresentações, são detalhes assim que ainda a fazem preservar os dois pés no teatro. “Não consigo não fazer teatrão, daquele que faz refletir fomenta, discute. Os textos, são todos sobre a família, sem comédia”, detalha.

Na Cantata de Natal, eles relembram canções antigas e aceitam pedidos de quem aparecer para ouvir. Mas os preços não são para uma brincadeirinha de fim de ano. Os espetáculos têm valores para quem quer uma grande celebração.

Para uma Cantata Natalina, com instrumentos de sopro, percussão e mais de 3 vozes, os valores começam em R$ 600,00 por meia hora e vão até R$ 2 mil por uma hora e meia.

O Presépio Vivo é outra opção para “turbinar” a festa, com Maria, José, os 3 Reis Magos e a história do nascimento do Menino Jesus, por R$ 1,2 mil

Também há acrobatas, malabaristas, anjos em pernas de pau, cortejos, entregas de panetones e até a possibilidade de contratar o Papai Noel para surpreender as crianças ou a família inteira na hora de entregar os presentes, por R$ 400 para uma visitinha rápida.

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