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Consumo

Centro aos sábados vira programa de família, mesmo sem dinheiro no bolso

Naiane Mesquita | 20/08/2016 07:20
Maria Machado e Rafaelly adoram olhar vitrines no Centro (Foto: Naiane Mesquita)
Maria Machado e Rafaelly adoram olhar vitrines no Centro (Foto: Naiane Mesquita)

O calor que beira os 30 graus não desanima as famílias que encontram diversão em andar de mãos dadas com os filhos e netos no Centro de Campo Grande. A prática de olhar vitrines e compartilhar de momentos interessantes da vida é algo impossível de datar, deve ser feito desde que existe o comércio.

No Centro, há sempre muita correria no fim de semana, mas muita calma também. Muitos não buscam presentes e sim, um pouco de alívio de um cotidiano atribulado em casa ou no trabalho.

A aposentada Maria Machado, de 71 anos, caminhava tranquilamente ao lado da neta, Rafaelly Rocha, de apenas quatro anos. Juntas, olhavam a vitrine da rua 14 de Julho. “A gente sempre vem, às vezes de ônibus ou de carro, depende da disponibilidade do veículo. Eu olho um pouco, vejo os preços de tecido, sou artesã também. Ela se diverte andando comigo”, afirma a avó coruja.

Elas conversam juntas, dão uma olhadinha nos preços dos sapatos, sempre de mãos dadas. “Cansa ficar em casa, tem vezes que você não aguenta mais, precisa dar uma passeada. O preço no bairro também é mais caro, aqui tudo é mais em conta”, explica Maria, que mora no bairro Coophavilla II.

Maria Clara com a mãe, Maria de Lourdes, também passeando
Maria Clara com a mãe, Maria de Lourdes, também passeando

Entre uma esquina e outra, as estátuas vivas chamam a atenção das crianças. Coisas do Centro de Campo Grande.

A pequena Maria Clara Correa Macedo, 2 aninhos e 10 meses, ficou encantada com uma moça toda vestida de branco, paralisada entre a 14 de Julho e a Barão do Rio Branco. “Ela gostou bastante”, brinca a mãe Maria de Lourdes Correa Belina, 60 anos.

Passeando com a filha, ela afirma que hoje tem mais pique para ir ao Centro andar a toa, do que na época dos filhos mais velhos, que tem 30 anos de diferença da caçulinha. “Era mais difícil antigamente, acho que com a idade eu fiquei mais paciente, quero passear com ela, curtir o momento, aproveitar mais a vida da gente. Estou prestes a aposentar, sou feirante, então, é o que eu sinto vontade mesmo”, ri.

Até mesmo quem vem do interior do Estado, como a médica Raynna Vargas, 29 anos, que mora em Bonito, prefere caminhar no Centro com a filha, Alice, de 4 anos. “Aproveito para olhar alguma coisa que estou precisando. Meu irmão mora aqui também, então visitamos ele ao menos uma vez por mês. Vou ao Centro e nos shoppings”, indica.

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