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Diversão

Blues, jazz e belezas naturais levam 1,5 mil pessoas a festival em Bonito

Com apresentação do bluesman Adriano Grineberg e de músicos regionais, quarta edição já se projeta no circuito de eventos do gênero do País.

Anahi Gurgel | 18/06/2017 15:26
Adriano Grineberg contagia público com sua música durante apresentação de festival em Bonito. "Blues é música do povo". (foto: Gilson Rocha)
Adriano Grineberg contagia público com sua música durante apresentação de festival em Bonito. "Blues é música do povo". (foto: Gilson Rocha)

Pelo menos 1.500 pessoas marcaram presença nos três dias do Bonito Blues & Jazz Festival, que chegou à sua quarta edição já se consolidando no cenário de eventos do gênero no país.

O festival aconteceu no "feriadão" de Corpus Christi, entre os dias 15 e 17, no CMU (Centro Múltiplo Uso), e contagiou um público apaixonado pelo blues, jazz e todas as vertentes dos gêneros, além do "rock and roll", que predominou no primeiro dia do evento.

Na segunda noite, um dos destaques foi Adriano Grineberg, pianista, cantor, compositor, que já dividiu palco com os melhores representantes do gênero no mundo. Ele chegou ao município cinco dias antes do início do festival e aproveitou para fazer passeios e conhecer toda a riqueza natural da região.

“Esse lugar é mágico. As árvores, as cachoeiras, a Gruta do Lago Azul, tudo me renovou as energias; quis passar isso para o público”, disse.

Essas experiências com a natureza realmente pareceram inspirar ainda mais o bluesman, que “incendiou” o público na sexta-feira (16). Com influências dos ritmos e dos sons da África, lugar que ele visitou várias vezes e de onde trouxe referências para a sua música, Grineberg “chacoalhou muitos esqueletos” numa apresentação cheia de swing.

Adriano Grineberg extrapola limites do palco e contagia público em Bonito, no dia 16. (Foto: Gilson Rocha)
Adriano Grineberg extrapola limites do palco e contagia público em Bonito, no dia 16. (Foto: Gilson Rocha)

Ao lado dos músicos Fabá Gimezes, Rodrigo Jofré e Marco da Costa, envolveu o público com composições próprias, especialmente do álbum “Blues For Africa”, e clássicos como James Brown, Ray Charles, Tim Maia, Jorge Ben Jor, Luiz Gonzaga.

Durante o show, o palco ficou pequeno para o pianista. Ele foi para o chão e percorreu entre o público com sua “escaleta”, uma espécie de piano de sopro. “O blues é uma musica que nasceu para ser do povo, para dançar. Pena que está muito ‘elitizada’. Quero quebrar isso; busco envolver o público”, ressalta.

Se ele conseguiu? Confira no vídeo.

Bonito fervilhando – Na sexta-feira, também teve show da banda Gessy e The Rhivo Trio, formanda por Rodrigo Gasparetto na guitarra, Felipe Fernandes na bateria, Marcelo Rezende no baixo e Gessica Fernanda no vocal.

A apresentação passeou pelo folk blues, com instrumental de primeira, muito blues, um estilo retrô e interpretações “viscerais” de grandes nomes como Janis Joplin, Etta James, Amy Winehouse e Elvis Presley.

Também teve show do projeto MPBlues, que traz a proposta de apresentar somente composições em português, sempre homenageando o saudoso Renato Fernandes, que foi vocalista do Bêbados Habilidosos, além de releituras de Raul Seixas, Legião Urbana, Celso Blues Boy e Geraldo Espíndola.

O grupo tem Luis Ávila na voz e guitarra, Renan Heimbach na voz e bateria, Jorge Costa também no vocal e baixo e Willian Justi na guitarra.

Já no sábado (17), a programação teve Samantha Caracante Jazz Quartet, de São Paulo, Mestre Blues, do Mato Grosso, e da “lenda” José Geraldo Rodrigues, o Zé Pretim, que retornou às apresentações cheio de vigor com novas roupagens de “Menino da Porteira”, “Trem do Pantanal” e “Asa Branca” no ritmo do blues.

Amante do blues, jazz e rock, Waldy já morou na Itália e percorreu diversos países, onde participou de eventos do gênero. "A qualidade musical de Mato Grosso do Sul é de alto nível". (Foto: Gilson Rocha)
Amante do blues, jazz e rock, Waldy já morou na Itália e percorreu diversos países, onde participou de eventos do gênero. "A qualidade musical de Mato Grosso do Sul é de alto nível". (Foto: Gilson Rocha)

A última noite foi “coroada” pelo encontro desse grande músico com o bluesman Adriano Guinnerberg, que subiu ao palco novamente para essa dobradinha que envolveu o público.

"Morei na Itália, percorri muitos países e nunca imaginei que iria encontrar no Mato Grosso do Sul tanta qualidade musical no estilo de blues e jazz. Já participei de outras edições e o evento está cada vez melhor. Grandes nomes em um lugar de natureza fantástica.Tem tudo para dar certo", acredita Waldy Francino de Souza Filho, 38, que é gerente de uma agência de turismo.

Próximos eventos - Quem perdeu a oportunidade de viajar para Bonito dessa vez, pode se programar para participar dos próximos eventos que estão agendados, como o 18º Festival de Inverno de Bonito, entre os dias 27 e 30 de julho, e a 3ª edição da Flib (Feira Literária de Bonito), de 16 a 19 de agosto.

Na galeria abaixo, confira imagens da 4ª edição do Bonito Blues & Jazz Festival.

Confira a galeria de imagens:

  • Gessy e The Rhivo Trio em apresentação na segunda noite do evento.
  • Gessica Fernanda hipnotizou o público com interpretação de Cry Baby, de Janis Joplin.
  • Apresentador bluseiro, Clayton Sales não resistiu e deu palhinha com sua gaita entre um show e outro.
  • Parceria forte entre músicos do projeto MPBlues.
  • No totem, imagem do homenageado Renato Fernandes, um dos grandes e saudosos nomes do blues sul-matogrossense.
  • Riquezas naturais de Bonito inspiraram Adriano Grineberg, que fez uma apresentação cheia de energia.
  • Luis Ávila e Renan Heimbach, do MPBlues.
  • Festival reuniu várias gerações.
  • Baterista Felipe Fernandes mandando muito bem no show MPBlues
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