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Diversão

Campeã em experiência, quadrilha já se prepara para Arraial de Santo Antônio

As inscrições para participar do concurso de quadrilha de Campo Grande já começaram e vão até dia 21 de maio

Alana Portela | 11/05/2019 07:25
Damas e cavaleiros do grupo Fantasia se apresentaram em mercados de Campo Grande, em 2018 (Foto: Arquivo pessoal)
Damas e cavaleiros do grupo Fantasia se apresentaram em mercados de Campo Grande, em 2018 (Foto: Arquivo pessoal)

O Arraial de Santo Antônio de Campo Grande acontece em junho. Por isso, os vovôs e vovós do grupo Fantasia já começaram os ensaios. A coreógrafa da equipe, Sonia Rolon conta que neste fim de semana será realizado a primeira reunião para definir o figurino da apresentação. A quadrilha é conhecida por levar variados temas e estilos de músicas para a dança caipira e vencer sempre. As inscrições para participar do concurso na Capital iniciaram na terça-feira (7) e vão até o dia 21 de maio.

Para a quadrilha, a criatividade vai mandar novamente. “Queremos misturar teatro, dança e a quadrilha tradicional. Estamos nos divertindo e trabalhando. O idoso precisa da dança, da música e do estímulo de se apresentar e ser aplaudido”, afirma.

As "damas e cavaleiros" que compõe o grupo são do CCI (Centro de Convivência de Idoso) Vovó Ziza participam da festa caipira há 15 anos. No entanto, a quadrilha Fantasia existe há dez. “São pessoas experientes na arte de dançar, de fazer coreografia. Os passos são mais difíceis, tem que ser decorados, saber contagem musical”, completa.

Os casais aproveitaram a Copa do Mundo para usarem figurinos e passos russos  (Foto: Arquivo pessoal)
Os casais aproveitaram a Copa do Mundo para usarem figurinos e passos russos (Foto: Arquivo pessoal)

O grupo ensaia três vezes por semana, com duas horas de treino. “Acontece na parte da manhã. Só param para tomar uma água, comer um lanche, mas é rápido. Gostam de ensaiar, dançar”, relata Sonia. A vontade de participar do Arraial é tanta, que nem a chuva atrapalha. “Teve uma vez que choveu muito e achei que não iriam ao treino, porém foram. Os ensaios são agradáveis, brincamos e nesse meio a quadrilha vai surgindo”.

Sonia diz que o diferencial do grupo Fantasia é a criatividade. “Variamos no tema. Ora busco histórias da quadrilha, ora fazemos a quadrilha francesa, acontecimento histórico. Em 2018 aproveitamos a Copa do Mundo para apresentação. Foi uma dança que se passou na Rússia, com figurinos e passos russos e movimentos tradicionais”, disse.

“Nosso diferencial também é a música, não usamos sempre as mesmas. Pego outros gêneros, têm marchinhas, no meio coloco uma valsa. Essas coisas são agradáveis de ouvir e se ver, porque é uma mudança de movimentação que agrada o público”, falou. Para Sonia, o segredo para vencer o concurso é não encarar a quadrilha como repetição. “Não pode ver com cara de sempre”, disse.

Os figurinos da quadrilha são criados por Sônia, em conjunto com a diretora do CCI Maria Lúcia e com a ajuda de Francis Fabian, que desenha e confecciona os modelos.

O grupo Fantasia se apresentou no concurso de quadrilha em 2018 (Foto: Arquivo pessoal)
O grupo Fantasia se apresentou no concurso de quadrilha em 2018 (Foto: Arquivo pessoal)

Pega Fogo - O grupo Pega Fogo foi o grande campeão do concurso de quadrilhas do Arraial Santo Antônio de Campo Grande no ano passado. Eles se apresentam desde 2008 e já venceram cinco vezes. O professor de artes, Claudio Ovando Piuna é um dos criadores da equipe, que surgiu como a proposta de reunir amigos de escola. Na época, os estudantes estavam terminando o nono ano do ensino fundamental e desde então, sempre se reúnem no período de festa junina para dançar.

“Eles estavam no último ano. Hoje muitos se formaram, outros estão na faculdade. A primeira vez que participamos, ficamos com o segundo lugar e eles disseram que podiam mais, ai continuamos. Gostam de dançar e virou uma questão de amizade”, disse.

O professor relata que atualmente, a maioria de seus ex-alunos mora no bairro Estrela Dalva. “São amigos de longa data, estudaram desde o jardim de infância até o nono ano, depois cada um seguiu seu caminho. Quando chega a quadrilha, muitos dizem que não vão participar, porém ficam alvoraçados e já estão me ligando”, conta.

Claudio diz que todos os anos, o grupo se separa após a festa. “A gente some um do outro, mas nos reencontramos. Ganhamos o concurso de 2009, 2010, 2011, 2015 e 2018 e neste ano, quando estivermos com a quantidade mínima de casais, daremos início aos ensaios. Estamos na fase de chamar o pessoal de novo, ver quem está disponível e correr atrás”.

A coreografia da dança é composta pelo professor, que usa os passos tradicionais e personaliza a apresentação com outros estilos. Em 2018, o Pega Fogo usou como tema o espantalho para dar uma diferenciada. “É uma dança mais estilizada, não é só padre, noivos e casamentos como a dança tradicional. É uma coreografia mais dinâmica”, explica.

Para a apresentação deste ano, Claudio conta que está se inspirando em quadrilhas do nordeste. “Assistimos muito vídeos para ter inspiração, mudar passos e evoluir”, afirma. O professor ainda relata que para conseguir fazer uma boa quadrilha é preciso dedicação. “É o essencial. Hoje eles sabem o que tem que fazer se dedicam”, finaliza.

O grupo Pega Fogo na apresentação do concurso de 2011 (Foto: Divulgação)
O grupo Pega Fogo na apresentação do concurso de 2011 (Foto: Divulgação)

Inscrições - As inscrições do concurso de quadrilha abriram no dia 7 e vão até dia 21 deste mês. Poderão participar os representantes de entidades, clubes e escolas. As apresentações ocorrerão de 13 a 15 de junho na Praça do Papa, localizada na Vila Sobrinho, a partir das 19 h. Os três melhores grupos serão premiados.

O primeiro lugar receberá R$ 3.500, enquanto o segundo ganhará R$ 2.500. Já o terceiro levará R$ 1.500.

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