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Diversão

Com risco de cancelar show, organizador diz que MC Pedrinho mudou repertório

Paula Maciulevicius | 31/03/2015 10:19
A organização já gastou R$ 30 mil entre cachê e divulgação do show de MC. (Foto: Divulgação)
A organização já gastou R$ 30 mil entre cachê e divulgação do show de MC. (Foto: Divulgação)

O promotor de eventos que está trazendo à Capital o show do MC Pedrinho, Jean Medina, afirmou que assim que for notificado pelo MPE (Ministério Público Estadual) vai recorrer da decisão que pede a proibição da apresentação de Pedrinho aqui, marcada para esta sexta, no Empório Santo Antônio. 

Nessa segunda-feira, o promotor de Justiça Sérgio Fernando Harfouche, da 27ª Promotoria de Justiça abriu um procedimento disciplinar para impedir a realização do show. A decisão é decorrente de uma determinação da Procuradoria de Justiça de São Paulo, Estado em que o funkeiro reside, que acatou decisão semelhante do MPE do Ceará que proibiu apresentação do cantor de 12 anos de idade, em janeiro deste ano, sob a alegação de que o conteúdo de suas músicas seria impróprio.

Ao Lado B, Jean Medina, conhecido como Jean Paçoka, organizador e dono da casa que vai sediar o show, explicou que ainda não foi informado e classificou o episódio como uma discriminação contra o estilo. "Passamos constantemente por esse tipo de problema. O MC Pedrinho é um artista de nível nacional. Ele faz parte de uma empresa renomada que vende mais de 20 artistas. Eles que ligaram oferecendo, nós combinamos um valor, programos e estamos trabalhando. Não sei onde isso atrapalha alguém", comentou.

MC Pedrinho vem a Campo Grande acompanhado da mãe para show. (Foto: Reprodução/Facebook)
MC Pedrinho vem a Campo Grande acompanhado da mãe para show. (Foto: Reprodução/Facebook)

Jean também questiona por que só agora o MPE resolveu se pronunciar se a divulgação do show está rolando há mais de mês. "Fomos pegos de surpresa com essa notícia. Já está em divulgação há mais de 40 dias, porque deixaram para entrar nos últimos dois, três dias para o evento?", questiona Jean.

Ele ainda completa que está aguardando a notificação para entrar com mandado de segurança ou algum outro tipo de ação que permita a realização do show. "Se não pudesse acontecer, deveriam ter proibido o escritório de São Paulo de vender, não aqui em Campo Grande onde metade do cachê já foi pago antecipado", reforça.

A organização já gastou R$ 30 mil entre cachê e divulgação do show. "A gente contrata dentro da lei e estamos sofrendo esse tipo de represália". Para a apresentação em Campo Grande, Jean alega que o repertório de MC Pedrinho sofreu alterações. "O artista vai vir com o pai e a mãe e a gente pediu aqui para ele não cantar nada erótico. Ele reformulou especificamente o show dele a pedido nosso e assim mesmo não sei no que o Ministério Público está baseado".

Segundo o MPE (Ministério Público Estadual), o promotor está de férias e deve retornar ao trabalho nesta quarta-feira. A partir daí, os responsáveis pela apresentação na Capital serão notificados da decisão.

Jean resume a medida como um ato desnecessário e preconceituoso. "Por ser funk, se fosse qualquer outro estilo, poderia fazer à vontade. Agora porque é funk. Até quando vamos ter esse tipo de preconceito? Muita gente gosta e quer assistir. Nosso ramo é diversão, não causar polêmica".

Além de promover eventos de funk e manter o Empório Santo Antônio em funcionamento, Jean Medina também apresenta o programa "I Love Funk", na rádio educativa 104 FM, aos sábados. Com quase dois meses no ar, Jean disse que os elogios programa estão levando para uma conversa sobre um espaço para o funk também na TV do Governo do Estado.

"Só estamos tendo elogios, tanto é que o programa é o que tem maior audiência de todos os horários. Está para ser autorizado um horário de funk para começar um programa de TV. Estamos conversando ainda, tem essa possibilidade, mas não está fechado", se limita a dizer.

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