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Diversão

Do teatro aos livros, Aline Bei fala como solidão vira literatura

Autora de O Peso do Pássaro Morto relembrou sua trajetória nas artes até se descobrir como escritora

Por Natália Olliver | 20/09/2025 09:39
Do teatro aos livros, Aline Bei fala como solidão vira literatura
Aline Bei, falou sobre solidão na 9ª edição da Flib, em Bonito (Foto: Divulgação)

Aline Bei, autora do livro aclamado 'O Peso do Pássaro Morto', mostrou como a solidão pode virar literatura no Circuito Literário da 9ª edição da FLIB (Feira Literária de Bonito). Ela que também é escritora do Pequena Coreografia do Adeus e Uma Delicada Coleção de Ausências.

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Aline Bei, autora de "O Peso do Pássaro Morto", participou da 9ª FLIB em Bonito, discutindo a solidão como tema literário. Criada em meio a silêncios, a escritora encontrou nos livros refúgio e inspiração, elementos que transparecem em suas personagens femininas marcadas por perdas e resiliência.Bei, que estreou na literatura oferecendo seus livros pelo Instagram, destacou a importância da proximidade com o público, aprendizado adquirido em sua experiência no teatro. A autora também comentou sobre a adaptação teatral de suas obras e sua trajetória da dramaturgia para a escrita, inicialmente permeada por incertezas e a descoberta da poesia. A FLIB segue com programação até domingo.

Com uma infância marcada por silêncios e por uma solidão que ela descreve como “inerente à humanidade”, Aline contou que os livros foram refúgio e companhia, capazes de trazer alegria e abrir janelas para o mundo. “Antes de escrever, eu li muito. Isso me deu liberdade e leveza, porque comecei sem os preconceitos de quem já se vê escritor desde cedo”.

Essa experiência se reflete em suas personagens femininas: meninas, jovens e mulheres maduras atravessadas pelo tempo e pelas mudanças que ele exige, mas unidas por uma densidade afetiva comum. Elas carregam perdas, ausências e angústias, mas também a delicadeza da resistência e a inventividade de seguir adiante.

A autora voltou em 2017 para contar que quando lançou seu primeiro livro, oferecia exemplares pelo Instagram para aproximar os leitores. Ela também contou que a ideia nasceu da experiência no teatro, onde o artista transita entre palco, bilheteria e público e aprende a cultivar proximidade. “Carreguei essa versatilidade comigo. Acho bonito estar perto das pessoas. O autor não é o livro que escreve. O livro é sempre maior do que o autor”, afirmou.

Suas histórias já ultrapassaram o papel: O Peso do Pássaro Morto ganhou adaptação teatral durante a pandemia, e Pequena Coreografia do Adeus segue o mesmo caminho. Ela revisitou também sua própria trajetória, da transição do teatro para a literatura, marcada por incertezas e pelo desejo de ensinar. "Era uma transição entre o teatro e o nada. No caminho, conheci poetas e percebi que o poeta e o ator são irmanados. Comecei achando que era poeta, mas fui descobrindo outro formato de escrita.”

A Flib vai até este domingo (21). Confira aqui a programação completa.

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