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Diversão

Para quem é fã, maior evento da cultura drag parece até sonho

Campo-grandense, Felipe Hespporte faz a drag Andrômeda Black e já foi ao evento nos Estados Unidos três vezes

Aletheya Alves | 26/05/2022 11:07
Campo-grandense, Andrômeda Black na Rupaul's Dragcon, em Los Angeles. (Foto: Arquivo pessoal)
Campo-grandense, Andrômeda Black na Rupaul's Dragcon, em Los Angeles. (Foto: Arquivo pessoal)

Suspenso durante os últimos dois anos devido à covid-19, o RuPaul’s Dragcon, considerado maior evento de cultura drag do mundo, voltou a ser realizado neste ano e, para quem é fã desse universo, a convenção parece até sonho. Campo-grandense, Felipe Hespporte faz a drag Andrômeda Black e conta que suas idas ao evento reforçaram o amor pela arte.

Sediada em Los Angeles, a convenção visitada por Felipe inclui desde performances com artistas globais da cultura queer e vendas de produtos até sessões de autógrafos.

“Fiquei igual pinto no lixo, não tinha foco nenhum porque, para mim, tudo era maravilhoso. Fiquei deslumbrado com tudo, a paixão e o amor que eu já tinha pela arte drag foi potencializado depois dessa visita”. É assim que Felipe relembra sobre a primeira vez em que participou do evento, ainda em 2018.

Na época, ele foi à convenção apenas como fã, enquanto que em 2019 e neste ano, trabalhou em um dos stands participantes. “Meu amigo é dono de uma empresa que expõe e conheci ele na primeira vez em que fui, quando fui comprar um salto. Na segunda vez, eu já estava lá com ajuda dele e mais ainda agora na terceira vez.”

Felipe com a brasileira Grag Queen, que venceu o Queen of the Universe. (Foto: Arquivo pessoal)
Felipe com a brasileira Grag Queen, que venceu o Queen of the Universe. (Foto: Arquivo pessoal)

Seja a passeio ou a trabalho, Felipe conta que a experiência é sempre maravilhosa, principalmente pela valorização da cultura.

“O evento é extremamente importante para a arte e cultura drag, ele fomenta o meio e, por isso, acho muito necessário e importante que aconteça. Além de, quem sabe, possa ser expandido para outros países”, diz.

Andrômeda Black ao lado das brasileiras Vera Ronzella, Grag Queen e Eva King. (Foto: Arquivo pessoal)
Andrômeda Black ao lado das brasileiras Vera Ronzella, Grag Queen e Eva King. (Foto: Arquivo pessoal)

Outro ponto destacado por Felipe é que a proximidade gerada no evento faz com que quem é do meio sinta que todo esse universo é muito real e possível. "Você vê que são pessoas reais, porque na internet, tem essa barreira de fã para artista. Quando vê frente a frente, vê que eles tem poros no rosto, vê a peruca colada, as unhas de perto, eles conversando, sendo simpáticos ou não, você sente que é possível estar ali", explica.

No decorrer das edições, drags brasileiras já se apresentaram no evento, incluindo Grag Queen, que foi vencedora do reality show Queen of the Universe.

Apesar de ver artistas internacionais, o criador de Andrômeda Black conta que uma de suas experiências favoritas foi presenciar as drags brasileiras no palco do evento. “Em 2019, eu vi a Penelopy Jean e fiquei extremamente orgulhoso, me senti super representado. Neste ano, vi a Greg e fiquei tão orgulhoso quanto em 2019”, explica.

Por ser fora do Brasil, algumas preparações são necessárias para garantir que tudo vai dar certo, sendo a preparação para os gastos bem importante. “Eu começo a me planejar um ano antes, então, já começo a guardar dinheiro.”

Além de garantir os valores para passagem, alimentação, hospedagem e visto, o ingresso para participar do evento durante os três dias custa, em média, 80 dólares, conforme Felipe detalha.

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