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Diversão

Vila Carvalho é campeã do Carnaval de Campo Grande pela 20ª vez

Com enredo que contava a sua própria história, título é o ponto alto do ano em que escola completa as suas 50 décadas de existência

Liniker Ribeiro e Adriano Fernandes | 06/03/2019 20:49
Público lotou as arquibancadas, durante a apuração desta noite (06). (Foto: Paulo Francis)
Público lotou as arquibancadas, durante a apuração desta noite (06). (Foto: Paulo Francis)

No ano em que completa os seus 50 anos de existência a escola de samba Vila Carvalho conquistou o seu 20º título de campeã do Carnaval de Campo Grande, esta noite (06). Com 259,3 pontos, contra 258,8 da segunda colocada - Deixa Falar, vencedora no ano passado -, o título foi bastante comemorado por dirigentes e integrantes da escola, que lotaram as arquibancadas do Teatro de Arena do Horto Florestal, onde foram anunciadas as notas de cada um dos nove quesitos de avaliação.

“Ganhar o título nesta data é a melhor coisa que podia nos acontecer. É uma grande alegria”, comemorou Wlauber Carvalho, vice-presidente e mestre de bateria da escolaNo ano passado a Carvalho perdeu por poucos pontos, descontados durante a apuração. “Desde então o grito de campeã estava engasgado, fomos prejudicados, mas aguentamos firmes”, acrescentou.

Este ano, a escola campeã levou para a Passarela do Samba o enredo que contava a sua própria história: “Carnaval dos carnavais, Jubileu de Ouro. A Vila Carvalho conta, canta e encanta nos seus 50 anos”. Na passarela, a escola homenageou os personagens que fizeram a história da agremiação, como Felipe Duque, o Felipão fundador da escola.

O primeiro carro retratou o “Carnaval dos Carnavais” e exaltou a comunidade. Retratando o Carnaval, as alegorias, tiveram pierrôs, colombinas e mascarados. As alas tiveram muito dourado e o verde e rosa. A madrinha, a Estação Primeira de Mangueira, escola de samba do Rio de Janeiro, foi homenageada na ala das baianas. A escola também trouxe uma ala inteira representando mestre-sala e porta-bandeira.

Classificação – Até então campeã, a Deixa Falar perdeu o posto por poucos décimos, decaindo a segunda colocação. Em terceiro lugar ficou a Igrejinha (256,0); 4º Catedráticos do Samba (242,8); 5º Unidos do Cruzeiro; 6º Cinderela Tradição (241,2); 7º Aero Rancho (224,2); 8º Unidos do São Francisco (213,2).

Wlauber (sem boné) abraçado ao companheiro de escola. (Foto: Paulo Francis)
Wlauber (sem boné) abraçado ao companheiro de escola. (Foto: Paulo Francis)

Atraso - A apuração que estava prevista para começar às 17h, teve início duas horas depois, às 19h. Quatro, das oito escolas que desfilaram este ano, foram punidas. No primeiro dia de desfile, na segunda-feira (04), todas as três escolas avaliadas não levaram para a avenida o mínimo de integrantes ou de carros alegóricos exigidos e perderam 1 ponto.

As escolas foram: Unidos do Aero Rancho, Cinderela T. José Abrão e a Unidos do São Francisco.
Já no segundo dia, na terça-feira (05), apenas a escola Unidos do Cruzeiro foi punida, em 1 décimo. Catedráticos do Samba, Deixa Falar, Igrejinha e Unidos da Vila Carvalho obedeceram todas as exigências e não perderam pontos.

Diferente dos anos anteriores, em 2019, as notas das escolas de samba foram anunciadas de uma vez só. "A apuração será por escola, cada uma saberá a nota que levou de todos os jurados e em cada quesito de uma vez", anunciou o presidente da Lianca, Eduardo De Souza Neto, no início da apuração.

A mudança foi contestada por integrantes das escolas, que estavam na arquibancada, mas rebatida pelo presidente da Lianca. "Isso foi firmado em reunião e os presidentes deveriam ter repassado para vocês. Se isso não aconteceu, não podemos fazer nada", destacou.

Notas excluídas - Das três torres de jurados, a nota de quem estava na última, ao final da avenida, foi descartada no quesito evolução para todas as escolas. A medida foi tomada para evitar que as três últimas escolas que desfilaram fossem punidas após um imprevisto durante o desfile.

Segundo Eduardo, um fio de energia elétrica atrapalhou que carros alegóricos passassem por um trecho da avenida, o que acabou atrasando o desempenho das escolas. "Além de ser um risco para integrantes das escolas, poderia cair e atingir quem estava na arquibancada", afirmou ele.

Nos momentos em que os carros pararam para, com cuidado, passar pelo ponto crítico, o cronômetro foi travado, o que também não prejudicou nenhuma das escolas em relação ao tempo de desfile.

Carro alegórico que escola levou para a avenida no desfile desta terça-feira (04). (Foto: Paulo Francis)
Carro alegórico que escola levou para a avenida no desfile desta terça-feira (04). (Foto: Paulo Francis)
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