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Diversão

Vila Carvalho ensina samba de graça para todo mundo fazer bonito na avenida

Toda terça e quinta, das 19h às 20h, a quadra da escola de samba oferece aulas para quem deseja brilhar na avenida como passista

Thailla Torres | 15/01/2020 08:18
Passista Rayanne (short cinza) ensina que o samba é para todos. (Foto: Thailla Torres)
Passista Rayanne (short cinza) ensina que o samba é para todos. (Foto: Thailla Torres)

Aprender a sambar exige dedicação, treino e até repetição. E o Carnaval é o momento mais que oportuno. A poucos dias da folia, a escola de samba Unidos da Vila Carvalho, em Campo Grande, oferece aulas gratuitas de samba para quem sonha em ser passista.

Não é preciso ter experiência. Segundo eles, o ritmo está ao alcance de todos. Passista na verde e rosa desde à adolescência, Rayanne Custódio, de 19 anos, aceitou o convite da escola de samba para ensinar passos básicos para quem não sabe sambar.

“Eu sei que parece difícil, gente. Mas todos podem aprender. Prestem atenção, respirem e façam a sequência. Um, dois, três. Um passo à frente, um passo atrás, um passo à frente, um passo atrás”, ensina Rayanne sem deixar de animar o pequeno grupo que participou da aula nesta terça-feira (15).

Jefferson é passista há cinco anos. (Foto: Thailla Torres)
Jefferson é passista há cinco anos. (Foto: Thailla Torres)

Ela diz que faz parte do samba desde que “se entende por gente”. Herdou o amor pelo ritmo do avô, que foi um dos primeiros a ter escola de samba em Aquidauana. “O samba é minha segunda família. Aqui eu me solto e sempre quis ser passista”, afirma.

O legal é que Rayanne é paciente. Antes de ligar a música e fazer todo mundo se arriscar no samba no pé, ela repete quantas vezes for necessário. “E ser passista não é apenas sambar aquele samba de festa de família. É preciso aprender o jeitinho até de mexer as mãos. Há um tom de elegância e suavidade em alguns movimentos. Eu também ensino os passos mais rapidinhos com o samba enredo da escola para todo mundo ir se familiarizando com a batida”, explica.

Kelly Cristina, de 37 anos, começou tarde no samba. Antes de virar passista da Vila Carvalho, ela achava que não tinha vocação, já que era muito tímida. Mas tudo mudou há dois anos, quando ela decidiu aprender a sambar a convite dos integrantes da escola.

“Eu cheguei até a escola de samba por causa da bateria. Achava bonito e queria aprender. Não me dei muito bem e pensei em largar mão. Mas o pessoal me incentivou a tentar outras coisas e então fui arriscar passos de samba”, conta. Kelly.

Ela se apaixonou pelo ritmo quando viu passistas dando um show na avenida. “Acho lindo o samba e ser passista também exige muito da gente”.

Aulas são ensinados com enredos da escola de samba. (Foto: Thailla Torres)
Aulas são ensinados com enredos da escola de samba. (Foto: Thailla Torres)

Quando entrou na Vila Carvalho, Jefferson de Souza, de 33 anos, já era professor de dança e sabia dançar desde pequeno, só não tinha coragem de ser passista. “Há uma resistência ainda entre os homens. Eu mesmo tinha esse receio e demorei anos para me tornar passista”.

Ele, muito experiente, também ensaia com Rayanne e auxilia nos passos. “Hoje tenho mais tranquilidade e confiança no samba, e sei que esses detalhes são fundamentais. Muitas vezes as pessoas não aprendem por causa da timidez, porque o gingado todo mundo é capaz de aprender. Mas também é necessário vencer a timidez”.

Quem não tem nenhum pingo de timidez é a pequena Ana Clara Santos, de 10 anos, que praticamente nasceu dentro do samba. “Meus pais fazem parte da escola há muito tempo”, justifica. Ela é das crianças que não para um minuto quando o samba toca e, por isso, decidiu arriscar as aulas de passista. “Eu já sei sambar, agora quero melhorar”, afirma.

Já Rayane Aricle, de 22 anos, foi surpreendida nas aulas. “Há um mês eu decidi aprender a sambar para ser passista e descobri que o samba não é nada fácil. Às vezes, olhando, a gente acha que é simples. Mas na hora do ritmo e dos movimentos que precisam ser corretos para fazer bonito, a gente descobre que exige muito”, afirma. Além disso, uma hora de aula de samba é chance para quem quer queimar algumas calorias. “A gente sua muito e o corpo se mexe bastante. É como um exercício físico”, compara.

Quem quiser aprender a sambas. As aulas são realizadas todas as terças e quintas, das 19h às 20h, no barracão da escola de samba, localizada na Rua Joaquim Manoel de Carvalho, 395, Vila Carvalho.

Show da Mangueira - Vale destacar que neste ano, a escola de samba campo-grandense traz a bateria da Estação Primeira de Mangueira, direto do Rio de Janeiro, para um show no dia 26 de janeiro, no Clube Estoril, em Campo Grande.

Os ingressos estão à venda na Quadra da Vila Carvalho. Reserva de mesas e convites pelo telefone (67) 99270-6330.

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