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Consegue se respeitar quando erra? Conheça a autogentileza

Conceito fala sobre exercício de cuidado, amparo, acolhimento, respeito e amor consigo em horas de fracasso

Bárbara Cavalcanti | 01/01/2022 07:22
Mulher se abraça, em gesto de acolhimento. (Foto: Reprodução/Suzana Serviam)
Mulher se abraça, em gesto de acolhimento. (Foto: Reprodução/Suzana Serviam)

Quem na hora de cometer um erro nunca foi autocrítico demais, que jogue a primeira pedra. Porém, essa atitude na hora de errar pode até contribuir para que a pessoa não consiga melhorar naquilo que não fez certo.

É aí que entra a importância da autogentileza: é justamente tentar ser gentil e compreensivo consigo mesmo em momentos de fracasso.

“É o exercício de cuidado, amparo, acolhimento, respeito e amor consigo mesmo. A prática da autogentileza regula as emoções e equilibra a avaliação crítica e dura de autojulgamento provocando segurança emocional”, explica a psicóloga da Unimed Thayla Siqueira Sandim.

Conforme a psicóloga, é normal que ninguém se sinta bem ao errar. Porém, o problema está na atitude diante da falta. “Quando as pessoas percebem seus erros, naturalmente sentem-se inadequadas e podem ter atitudes severas e ásperas consigo mesmo, agindo de maneira disfuncional com a culpa, não evoluindo em nada no ponto que precisava ser reconhecido, compreendido e modificado para melhorar”, explica.

Ainda conforme Thayla, autocrítica em excesso pode se tornar autossabotagem. “Pode-se dizer que a crítica em excesso é um mecanismo de autossabotagem. Pessoas com esse perfil geralmente conseguem ser mais gentis com os outros do que com elas, estão sempre provocando em si mesmas sensações autodestrutivas de menos valia”, comenta a profissional.

Assim a autogentileza contribui justamente para que a pessoa aprenda a lidar bem com essas situações e, efetivamente, melhore no ponto em que errou.

“Com a prática da autogentileza a pessoa aprende a lidar com suas fragilidades e erros, entendendo que simplesmente precisa agir de maneira diferente e que isso por si só produzirá novos resultados e trazer evolução”, ensina a psicóloga.

A psicanalista Kaká Ribeiro ainda acrescenta que a autogentileza começa com o amor-próprio e aceitação. “É a base de todo autocuidado. Então, a pessoa precisa se cuidar como se fosse uma joia rara. A aceitação é um dos pilares mais fortes da autogentileza, quando aceitamos quem somos, o que queremos e o que mais desejamos”, declara.

Mas conseguir alcançar esse equilíbrio não acontece do dia para a noite. Conseguir dar os passos para ser mais gentis consigo mesmos começa com o autoconhecimento.

“Podemos iniciar buscando autoconhecimento, entendendo a nossa história, personalidade, pontos fortes e fracos, reconhecer as próprias habilidades, gerenciar a voz autocrítica, compreender o seu tempo e o tempo do processo de alcançar aquilo que deseja”, detalha.

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