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Mais do que ‘parabéns’, mães cobram atenção para saúde mental

Em Campo Grande, grupo se reuniu no Parque das Nações Indígenas para falar sobre a campanha

Aletheya Alves | 14/05/2023 07:45
Grupo se reuniu no Parque das Nações Indígenas para divulgar o movimento. (Foto: Arquivo pessoal)
Grupo se reuniu no Parque das Nações Indígenas para divulgar o movimento. (Foto: Arquivo pessoal)

Levando a discussão para o âmbito da saúde mental, um grupo se mobilizou neste sábado (13) para alertar sobre estigmas envolvendo a maternidade. Com cartazes e panfletos, uma marcha de conscientização foi realizada no Parque das Nações Indígenas.

Formado pela população voluntária, o Maio Furta-Cor é uma campanha que busca sensibilizar a população para a causa da saúde mental materna, como informam os materiais de divulgação nacionais. Criada em 2020, a campanha se mobiliza tanto para a movimentação individual quanto coletiva através de políticas públicas.

Integrando o grupo de representantes em Campo Grande, a psicóloga Rafaela Zukareli comenta que as ações continuam expandindo. “São duas etapas principais, sendo a primeira criar um projeto de lei que institui o mês Maio Furta-Cor nos municípios para que a partir daí, a gente conseguisse entrar no segundo objetivo que é o de promover as políticas”, comenta.

Panfletos sobre saúde mental materna foram distribuídos para a população. (Foto: Juliano Almeida)
Panfletos sobre saúde mental materna foram distribuídos para a população. (Foto: Juliano Almeida)

Já tendo passado pelo primeiro objetivo, a psicóloga detalha que é necessária a mobilização de instituições em prol da causa. “Hoje, a campanha é feita por pessoas voluntariamente, mas a intenção é que isso venha por parte de todas. Assim como temos outras campanhas que funcionam quase que automaticamente com instituições participando, a ideia é que isso aconteça com o Maio Furta-cor também”.

Em relação às discussões, Rafaela pontua que existe uma construção social de que a maternidade isola a mulher de suas subjetividades. “A mulher se torna mãe, parece que acaba a parte da mulher e, agora, ela só é vista como aquela que cuida, que tem filhos, que se preocupa apenas com eles”, relata.

Nesse processo, o estigma de que essas mulheres devem se esquecer de quem são se relacionam com o ignorar o fato de que elas possuem outros anseios, profissões, desejos e realizações, como a psicóloga pontua.

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A maternidade tem muitas coisas boas, momentos de felicidade que são apenas dela, mas a gente também quer ter a possibilidade de continuar sendo mulher. Sair do lugar de que ser mãe é tudo sempre certo, maravilhoso, sendo que não é assim, diz Rafaela.

Também integrando o movimento, a assistente social Aline Correia detalha que em virtude desse apagamento, a saúde mental das mães segue piorando em escalada. “Por isso, é preciso que todo mundo se movimente. Homens, filhos, mulheres que não são mães. Porque se você não é mãe, você conhece alguma, então estamos todos relacionados”.

Sobre o cenário da campanha em Campo Grande, ela explica que a campanha segue dando seus passos iniciais, mas que uma boa quantidade de pessoas tem aderido às discussões.

“É necessário que essas discussões cheguem a mais gente e é por isso que resolvemos vir ao parque, para falar com mais pessoas, chamar atenção e podermos discutir sobre o tema”, completa.

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