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Games

John Romero na BGS 2019: A importância do “pai” dos games de tiro

Ricardo Syozi | 05/05/2019 08:12
“O pai” dos jogos de tiro em primeira pessoa, virá pela primeira vez ao Brasil.
“O pai” dos jogos de tiro em primeira pessoa, virá pela primeira vez ao Brasil.

John Romero, game designer de alguns dos maiores clássicos do mundo dos games como DOOM, Wolfenstein 3D e Quake, e considerado “o pai” dos jogos de tiro em primeira pessoa, virá pela primeira vez ao Brasil para participar da 12ª edição da BGS, que acontece entre 9 e 13 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Essa notícia, por si só, já é um dos principais motivos para você marcar presença na Brasil Game Show deste ano. O lendário desenvolvedor estará na feira realizando uma série de atividades como sessões de fotos e autógrafos na área gratuita de meet & greet, apresentações no BGS Talks, onde revelará aos fãs curiosidades de sua carreira, participação como jurado de concursos de cosplay e painel no BGS Summit, atração criada em 2018, voltada para profissionais do mercado de jogos eletrônicos.

Por cerca de oito anos, John Romero trabalhou para outras empresas ajudando a desenvolver muitos games.
Por cerca de oito anos, John Romero trabalhou para outras empresas ajudando a desenvolver muitos games.

Tudo isso já é sensacional, mas você sabe da importância de Romero para os games? Sua carreira começou em 1980 programando em seu computador Apple II uma série de títulos. Porém em 1984 ele conseguiu lançar seu primeiro jogo: Scout Search, game que apareceu em uma revista popular da época.

Por cerca de oito anos, John Romero trabalhou para outras empresas ajudando a desenvolver muitos games como Cavern Crusader, Jumpster e Zork Zero. Bem no início de 1991, o cara fundou a iD Software em conjunto de Tom Hall, Adrian Carmack e John Carmack. A partir daí, o mundo de games para computadores seria virado de cabeça para baixo.

Nomes inacreditáveis como Commander Keen, Wolfenstein 3D, Doom e Quake foram lançados pela empolgante empresa. Em seguida vieram Hexen e Heretic, games que possuíam a pegada de Doom, mas com temas diferentes e desafios tão enormes quanto os outros. Uma marca da companhia. É impossível conhecer algum fã de FPS que não conheça ou venere pelos menos dois desses jogos, um sintoma de que o trabalho desenvolvido por Romero e seus aliados foi muito bem sucedido.

Nomes inacreditáveis como Commander Keen, Wolfenstein 3D, Doom e Quake foram lançados.
Nomes inacreditáveis como Commander Keen, Wolfenstein 3D, Doom e Quake foram lançados.

Eventualmente, John deixou a iD Software e criou uma outra empresa chamada Ion Storm. De lá saiu um dos maiores fracassos de sua carreira: Daikatana. Um game que atrasou muito no lançamento e falhou em atingir os jogadores como os títulos anteriores do cara. Mesmo assim, Romero nunca saiu da indústria de games, se tornando editor convidado de uma revista chamada Retro Gamer, participando de streams, e desenvolvendo títulos para as mais diversas plataformas.

O espaço de John Romero no topo da cadeia alimentar dos games é praticamente impossível de tirar. São anos e anos de contribuição em vários gêneros diferentes, mas é no chamado FPS (tiro em primeira-pessoa) que o mestre nada no mar da relevância. Pense assim: se não fosse por ele, não teríamos tantos títulos bons e competitivos como Halo e Call of Duty. Isso sem contar na sanguinolência de Doom, um marco na quebra de paradigma sobre “games serem para crianças”. A importância de Romero é gigantesca, e ele merece cada homenagem e abraço nessa BGS 2019.

Conheça o Video Game Data Base, o museu virtual brasileiro dos videogames. A coluna de games do Lado B tem o apoio do Expo Video Game.

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