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Sabor

No Tarumã, restaurante que lembra casa serve comida mineira e churrasco

Elverson Cardozo | 26/12/2013 06:21
Élida na churrasqueira industrial. Empreendedora comemora sucesso e diz que atendimento é diferencial. (Foto: Cleber Gellio)
Élida na churrasqueira industrial. Empreendedora comemora sucesso e diz que atendimento é diferencial. (Foto: Cleber Gellio)

Élida Rodrigues, de 37 anos, trabalhava como encarregada financeira, em uma empresa de ônibus, em Campo Grande, quando resolveu, a convite do pai, Ary Malaquias, 60 anos, abrir um restaurante. Eles começaram “do nada” e hoje, graças ao empenho e qualificação, colhem os frutos de um negócio que deu certo na periferia da cidade. A Rua Verde Louro, no Tarumã, região Sul, é endereço do "Mineiro Malaquias", que serve de comida mineira à churrasco na mesa.

O restaurante leva o sobrenome do dono, churrasqueiro das antigas, e informa a simplicidade. Foi inaugurado há 5 anos e, apesar do pouco tempo, já virou o preferência das famílias que procuram boa comida, ambiente agradável e aquela sensação de estar em casa. O espaço vive lotado.

No cardápio, não há nada que fuja completamente das opões oferecidas por aí e, por isso, não dá para reclamar do essencial. Tem arroz, feijão, macarrão, mandioca, salada, maionese, entre outros pratos, mas há uma vantagem.

Cardápio - Mesmo em Campo Grande, Malaquias não negou a origem. Pelo contrário, fez questão de trazer à cidade o sabor da terrinha. Nas panelas enormes, dispostas no fogão à lenha revestido, o cliente encontra quiabo, muito quiabo, tutu, fora as outras delícias tradicionais daquela região.

Mas a carne assada, servida à mesa, é o carro-chefe da casa.  (Foto: Cleber Gellio)
Mas a carne assada, servida à mesa, é o carro-chefe da casa. (Foto: Cleber Gellio)
Prato com quiabo lembra o sabor da comida mineira. (Foto: Cleber Gellio)
Prato com quiabo lembra o sabor da comida mineira. (Foto: Cleber Gellio)

O destaque vai para o churrasco, de carne, linguiça mineira – feita com segredinho próprio escondido a sete chaves –, e frango. É servido todos os dias, sem falhar. No almoço, de segunda a sexta-feira, o self-service, com rodízio, sai por R$ 16,00. Aos sábados, domingos e feriados, custa R$ 20,00. À noite, das 18h às 23h, tem o espetinho, por R$ 17,00. Como acompanhamento, vem arroz, vinagrete e mandioca.

Durante o dia, quem não tem tempo de parar, entra, escolhe o que quer, inclusive o churrasco, na quantidade que desejar, monta o marmitex e paga R$ 10,00. Está aí o diferencial do negócio que, de cara, atraiu tanta gente.

Quem frequenta, diz sentir-se à vontade porque pode, sem receio, encher o prato ou, se quiser, comer só carne. É por isso e, sobretudo, pelo atendimento, que o supervisor de utilidades Reginaldo Bispo dos Santos, de 37 anos, morador do bairro, virou cliente fiel desde a inauguração. “Aqui você paga pelo que come e não pelo ambiente”, disse.

Reginaldo e a esposa, Jaqueline, são clientes fiéis. (Foto: Cleber Gellio)
Reginaldo e a esposa, Jaqueline, são clientes fiéis. (Foto: Cleber Gellio)

A esposa, Jaqueline Matias da Silva, de 22 anos, concorda e faz questão de elogiar: “É maravilhoso. A comida é boa e o lugar é agradável”.

Auxiliar de cozinha em um restaurante conhecido, no Jardim dos Estados, a jovem prefere comer no bairro porque a simplicidade do espaço, diz ela, lembra a própria casa.

Élida sabe que o reconhecimento vem do trabalho e, por isso, atribui o sucesso ao atendimento que presta na companhia de outros 15 funcionários. No Malaquias, disse, o cliente conhece o dono, conversa com ela e vira amigo. Ela fica no caixa. O pai, sempre que pode, está assando carne.

Capacitação - Mas esse “tato”, para ser alcançado e virar diferencial, exigiu qualificação. Pai e filha foram capacitados pelo Sebrae-MS (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de Mato Grosso do Sul. Em 2009 e 2010 os dois participaram do “Nascer Bem”, projeto criado para quem sonha em abrir o próprio negócio ou já possui um, com 2 anos de existência, e quer melhorar.

Nele, o futuro empreendedor é acompanhado desde o “nascimento de sua empresa” até os dois primeiros anos de vida do negócio. Técnicas de venda, fluxo de caixa e atendimento ao cliente estão entre os pontos de estudo. No “Nascer Bem”, planejamento é palavra de ordem.

Élida e Ary também participaram do Sebraetec, projeto que dá suporte para ampliação de acesso das microempresas e empresas de pequeno porte à inovação e tecnologia. Os estudos, pelo jeito, valeram a pena. Hoje a empreendedora diz entender de administração, controle, entrada e saída de estoque e até de fluxo de caixa. Coisas que, há cinco anos, ela nem pensava em aprender.

Capacitação ajudou pai e filha a fidelizar clientes. Hoje, o Mineiro Malaquias vive cheio. (Foto: Cleber Gellio)
Capacitação ajudou pai e filha a fidelizar clientes. Hoje, o Mineiro Malaquias vive cheio. (Foto: Cleber Gellio)

Para Élida, a qualificação abriu os horizontes e serviu para quebrar paradigmas, principalmente, na parte do atendimento. “Antes, nós fazíamos os marmitex e colocávamos coisas que os clientes não gostavam. É a mania de todo restaurante. Então, de início, ficamos na retaguarda, mas resolvemos aplicar”, contou, se referindo ao método de servir, que hoje agrada muita gente.

As orientações também serviram para mudar a cara do estabelecimento. O Mineiro Malaquias agora tem logo e uma identidade visual definida, graças a um trabalho do Sebrae, desenvolvido em parceria com a Acicg (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande).

Serviço – O restaurante funciona na rua Verde Louro, 31, no Tarumã (antes do Hospital Adventista do Pênfigo). O espaço abre todos os dias, das 10h30 às 14h e das 18h às 23h. O telefone de contato é o (67) 3373-1939. Acompanha o Mineiro Malaquias no Facebook.

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