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Lado Rural

MS recupera mais da metade das áreas degradadas ao dobrar plantio de soja

Entre 2009/2010 e 2024/2025, área cultivada saltou de 1,77 milhão de hectares para 4,52 milhões de hectares

Por Gustavo Bonotto | 25/08/2025 21:50
MS recupera mais da metade das áreas degradadas ao dobrar plantio de soja
Maquinário faz a colheita da soja na safra 2023/2024. (Foto: Arquivo/Aprosoja)

Mato Grosso do Sul recuperou 56% de pastagens degradadas ao expandir a soja entre a safra 2009/2010 e a temporada 2024/2025. O Estado dobrou a área cultivada, passando de 1,77 milhão para 4,52 milhões de hectares. O avanço ocorreu em áreas degradadas e agrícolas existentes, com baixo impacto sobre vegetação nativa e uso de técnicas modernas de produção.

RESUMO

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Mato Grosso do Sul mais que dobrou a área plantada de soja em 15 anos, saltando de 1,77 milhão para 4,52 milhões de hectares entre as safras 2009/2010 e 2024/2025. O crescimento se deu principalmente em pastagens degradadas (56%) e áreas agrícolas já existentes (33%), com baixo impacto em vegetação nativa, segundo estudo da Aprosoja em parceria com o governo estadual. Técnicas modernas como plantio direto e manejo integrado de pragas contribuíram para a expansão.A soja representou 33% do Valor Bruto da Produção estadual em 2024, movimentando R$ 45,8 bilhões. As lavouras geraram 52% desse valor e 85% do ICMS agrícola. Com previsão de clima quente e chuvas irregulares, o plantio da safra 2025/2026 inicia em 16 de setembro. A Aprosoja recomenda planejamento estratégico para mitigar riscos e otimizar a produtividade. Na safra anterior, a produção atingiu 14,686 milhões de toneladas, com produtividade média de 54,4 sacas por hectare.

O estudo da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), em parceria com o governo estadual, mostra que 33% da expansão se deu em áreas já cultivadas, 7% substituiu outras culturas e 4% avançou sobre vegetação nativa. O crescimento contou com plantio direto, manejo integrado de pragas e integração lavoura-pecuária-floresta.

A soja movimentou R$ 45,8 bilhões em 2024, representando 33% do VBP (Valor Bruto da Produção) estadual, com 52% desse total proveniente das lavouras. As lavouras também responderam por 85% da arrecadação de ICMS do setor agrícola. A projeção para julho de 2025 é de que as exportações aumentem 20% sobre o mesmo mês de 2024.

Produtores iniciam o plantio da safra 2025/2026 em 16 de setembro, dentro do calendário que vai até 31 de dezembro. O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) prevê trimestre mais quente e chuvas irregulares, exigindo atenção para semeadura sob calor acima da média e risco de perda de umidade do solo.

O boletim climático estima 300 a 400 milímetros de chuva na maior parte do Estado, podendo chegar a 600 milímetros no sul. A distribuição será desigual, com regiões recebendo volumes acima ou abaixo da média. Temperaturas podem variar de 8°C a 10°C em episódios isolados de frio.

Na safra anterior, a produção estimada alcançou 14,686 milhões de toneladas, avanço de 18,9% sobre o ciclo 2023/2024, colhidas em cerca de 4,501 milhões de hectares. A produtividade média atingiu 54,4 sacas por hectare, 11,4% acima da safra anterior. O ciclo se estendeu por 19 semanas, duas a mais que a temporada anterior.

O coordenador técnico da Aprosoja, Gabriel Balta, afirma que decisões estratégicas no início do plantio podem alterar o desempenho da lavoura. Ele recomenda escalonamento do plantio e escolha criteriosa de cultivares, alinhadas à fertilidade do solo e ao calendário de cada região, para reduzir riscos e aumentar a eficiência produtiva.

Balta acrescenta que, uma vez implantada, a cultura não permite reversão. “Um bom posicionamento inicial pode transformar completamente o cenário de desenvolvimento da lavoura”, finaliza.

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