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Lado Rural

Sancionada lei que amplia prazo para regularizar fazendas em faixa de fronteira

Em Mato Grosso do Sul, estão pendentes de regularização terras em 41 municípios

Por Ângela Kempfer | 15/09/2025 11:26
Sancionada lei que amplia prazo para regularizar fazendas em faixa de fronteira
Estrada de terra divide áreas de plantação e mata nativa, ilustrado fronteiras (Foto: Adriano Gambarini/WWF-Brasil)

Foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada nesta segunda-feira (15) no Diário Oficial da União a Lei que garante mais cinco anos para proprietários rurais pedirem a ratificação de registros de imóveis em faixas de fronteira.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei que estende por mais cinco anos o prazo para proprietários rurais solicitarem a ratificação de registros de imóveis em faixas de fronteira. A medida é válida para propriedades com área superior a 15 módulos fiscais, que possuam títulos expedidos pelos estados.A legislação beneficia principalmente proprietários de Mato Grosso do Sul, onde 41 municípios aguardam regularização. Para obter a ratificação, é necessário apresentar georreferenciamento do imóvel e atualizar o cadastro no Sistema Nacional de Cadastro Rural. O não cumprimento das exigências resulta na transferência das terras para a União.

A medida vale para propriedades com área superior a 15 módulos fiscais, cujos registros tenham origem em títulos expedidos pelos estados. Para garantir a ratificação, o proprietário deve apresentar o georreferenciamento do imóvel e atualizar a inscrição no Sistema Nacional de Cadastro Rural.

A mudança busca evitar que propriedades sejam transferidas para a União por falta de regularização. O prazo já havia sido prorrogado duas vezes: o primeiro terminou em 2019 e o segundo venceria em outubro deste ano.

A lei tem origem no projeto de autoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), relatado pela senadora Tereza Cristina (PP-MS) e aprovado pelo Congresso entre julho e agosto.

A prorrogação atende diretamente aos proprietários de 32 mil fazendas de Mato Grosso do Sul que ficam na faixa de fronteira. O maior obstáculo é comprovar toda a cadeia dominial nos cartórios de registro de imóveis, processo comparado a montar a “árvore genealógica” de cada propriedade. Além da burocracia, há o custo.

O produtor precisa obter certidões cartoriais, pagar as custas do ato de ratificação e, em muitos casos, contratar laudo de localização assinado por profissional habilitado quando a comarca não está inteiramente dentro da faixa de fronteira. Pelo marco legal, apenas imóveis com área superior a 15 módulos fiscais precisam passar pelo procedimento. Esse limite representa entre 450 e 1 300 hectares, de acordo com o município. Quem não concluir a ratificação perde a terra para a União.