Água Clara registra 41,7°C e lidera ranking das cidades mais quentes do país
Três Lagoas e Bataguassu também ultrapassaram 40°C nesta segunda-feira (6)
Nem mesmo a chegada da frente fria impediu o calor extremo em parte de Mato Grosso do Sul. De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as cidades de Água Clara, Três Lagoas e Bataguassu ficaram entre as mais quentes do Brasil nesta segunda-feira (6).
RESUMO
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Água Clara, em Mato Grosso do Sul, registrou a temperatura mais alta do Brasil nesta segunda-feira, alcançando 41,7°C. Três Lagoas e Bataguassu, também no estado, completaram o ranking das cidades mais quentes, com 41,3°C e 40,7°C, respectivamente. Apesar do calor extremo no leste do estado, uma frente fria avança pela região sul, onde Dourados registrou ventos de 51 km/h e chuva. O Inmet emitiu alerta para pancadas de chuva e ventos de até 60 km/h em 66 municípios, com previsão de queda brusca nas temperaturas.
O ranking das temperaturas máximas, registrado até as 15h, mostra Água Clara no topo da lista nacional, com 41,7°C, seguida por Três Lagoas, com 41,3°C, e Bataguassu, com 40,7°C. A única cidade de fora do Estado entre as quatro primeiras foi Dracena (SP), com 40,8°C.
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O calorão no leste e sudeste de Mato Grosso do Sul contrasta com o avanço da frente fria que atinge outras regiões. Mais cedo, Dourados registrou ventos de 51 km/h e chuva de 14,6 milímetros, conforme dados do Guia Clima, da Embrapa Agropecuária Oeste.
Enquanto o sul do Estado já sente a queda nas temperaturas, com previsão de chegar a 19°C na madrugada em Corumbá, municípios do leste seguem sob ar seco e quente, favorecendo o aumento da sensação térmica e o desconforto.
Fumaça e ar seco - Além do calor, a qualidade do ar também preocupa. Em Campo Grande, o índice chegou a 44 pontos nesta tarde, faixa considerada moderada, segundo o projeto QualiAr, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O vento norte trouxe plumas de fumaça vindas de queimadas no Parque do Taquari, em Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso.
O professor Widinei Alves Fernandes, coordenador do QualiAr, alerta que a presença de partículas finas de poluição, conhecidas como PM2,5 (material particulado com diâmetro de 2,5 micrômetros) e PM10 (material particulado com diâmetro de 10 micrômetros), pode causar irritações respiratórias. “Essas partículas são tão pequenas que não conseguimos enxergar, mas, ao serem inaladas, provocam inflamações no trato respiratório”, explicou.
Alerta de mudança - Mesmo com as máximas acima dos 40°C, o Inmet mantém alerta para pancadas de chuva e ventos de até 60 km/h em Campo Grande e outros 65 municípios até a manhã de terça-feira (7). O volume de chuva pode chegar a 30 milímetros em poucas horas, o que deve aliviar o calor em parte do Estado.
A expectativa é que o contraste entre a massa de ar quente e a frente fria intensifique as mudanças no tempo entre esta noite e amanhã, com possibilidade de chuva forte e queda brusca nas temperaturas, especialmente no Sul e no Sudoeste de Mato Grosso do Sul.
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