Arauco vai pagar R$ 22,9 milhões de compensação ambiental por fábrica e “linhão”
Os projetos ficam no município de Inocência, a 331 km de Campo Grande
A Arauco, que constrói fábrica de celulose em Inocência, firmou termos de compromisso com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) para pagamento de R$ 22.997.992,07 em compensações ambientais.
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A Arauco, empresa chilena que constrói fábrica de celulose em Inocência (MS), firmou acordo com o Imasul para pagar R$ 22,9 milhões em compensações ambientais. O valor principal, de R$ 21,9 milhões, refere-se à fabricação de celulose, com capacidade de 3,8 milhões de toneladas anuais. A empresa também pagará R$ 1,07 milhão pela instalação de linha de transmissão elétrica entre Inocência e Selvíria. O empreendimento, que terá área florestal de 400 mil hectares de eucalipto, deve gerar 14 mil empregos durante a construção e 6 mil na operação.
O maior valor é de R$ 21.921.155,67, fixado como medida compensatória da atividade de fabricação de celulose na linha 1 da fábrica, com capacidade total de 3.800.000 toneladas por ano de produção.
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O montante foi fundamentado no Estudo de Impacto Ambiental. O valor de referência utilizado pelo Imasul é de R$ 2.511.014.395,63. O grau de impacto foi medido em 0,873%. Ou seja, extraiu-se essa porcentagem, a partir do valor bilionário de referência.
No outro termo de compromisso, a empresa vai pagar compensação de R$ 1.076.836,40 pela atividade de linha de transmissão de energia elétrica acima de 138 kV (quilovolt), localizada nos municípios de Inocência e Selvíria. O valor de referência foi de R$ 156.063.246,00, com grau de impacto medido em 0,690%.
Nos dois casos, a vigência é de 48 meses e a meta é investir em unidade de conservação. Os termos foram publicados na edição de hoje do Diário Oficial do Estado.
A pedra fundamental da fábrica da Arauco em Inocência, a 331 km de Campo Grande, foi lançada em 9 de abril deste ano, mobilizando a classe política, inclusive com a visita do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin. O canteiro de obras fica nas imediações do Rio Sucuriú, que faz a divisa de Inocência com Três Lagoas, na MS-377.
A unidade será abastecida por área florestal de 400 mil hectares de plantação de eucalipto, para oferta de matéria-prima. Por ser estrangeira, a empresa chilena não adquiriu terras, mas fez contratos com proprietários de fazendas.
No pico da obra, serão 14 mil novos empregos; na operação da fábrica, serão 6 mil empregos.
No setor da economia, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) retrata como a chegada da cadeia da celulose transforma os índices. Em 2022, o saldo de empregos foi negativo em Inocência. Já no ano passado, o saldo chegou a 1.525, com forte influência do setor de serviços.
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