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Meio Ambiente

Belas paisagens e novos usos marcam 1º mês de monitoramento no Pantanal

Projeto "Abrace Pantanal" tem câmeras de 360º que monitoram 2,5 milhões de hectares para detectar incêndios

Lucia Morel | 10/07/2022 08:56


Por enquanto, as câmeras de 360º instaladas no Pantanal da Serra do Amolar, em Corumbá, a 419 Km de Campo Grande, não flagraram nenhum incêndio, mas há inúmeras paisagens de tirar o fôlego. Instalado há um mês, o sistema, conforme o diretor do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo, ainda está sendo “descoberto”.

Batizado de “Abrace Pantanal”, o projeto cobre 2,5 milhões de hectares da planície (praticamente metade da área) e ainda está em fase final de instalação, mesmo tendo sido lançado há um mês. Nesse período, segundo Rabelo, nenhum foco de incêndio foi identificado e todos estão se adaptando.

“Temos nas mãos uma oportunidade de ação preventiva fantástica. É uma tecnologia que surpreende pelo alcance e qualidade das imagens de altíssima resolução, mesmo há mais de 300 km de distância da sede do IHP. Ele (sistema) se mostra eficiente para grandes territórios como o nosso, e para cobrir deficiência de infraestrutura, efetivo e o desafio maior, que é a logística”, pontua Ângelo Rabelo.

Conforme o diretor do IHP, além da detecção do fogo, que é a principal razão do sistema, denominado Pantera, há ainda outros usos sendo analisados, já que as imagens são muito nítidas mesmo a grande distância.

“Vemos embarcações na zona de amortecimento do Parque Nacional, embarcações restritas à pesca de caráter comercial. Então, os resultados ainda são preliminares, ainda estamos no processo de aprendizado para definir a amplitude e o alcance dessa tecnologia”, sustenta Rabelo.

Abrace - Batizada de Abrace Pantanal, a iniciativa, visa a detecção rápida para melhor combate a incêndios e conta com a articulação da startup 1 grau e meio, além da Brigada Aliança, do Instituto Homem Pantaneiro, do Polo Socioambiental Sesc Pantanal e da JBS, que financia o projeto. Os 2,5 milhões de hectares de área nativa monitoradas praticamente equivalem à extensão territorial da Bélgica.

Uma das belas imagens detectada em alta definição pelas câmeras. (Foto: 1 grau e meio)
Uma das belas imagens detectada em alta definição pelas câmeras. (Foto: 1 grau e meio)

A detecção precoce de focos pelo software Pantera, plataforma integrada para gestão do combate a incêndios florestais desenvolvido pela 1 grau e meio, ocorre através de um algoritmo de inteligência artificial que, a partir do envio de imagens por câmeras de alta resolução instaladas no topo de torres de comunicação, identifica focos de fogo de forma automática e notifica os operadores do sistema. Cada câmera tem a capacidade de detectar focos de incêndio em questão de segundos, com a identificação do local exato do foco, acelerando os protocolos de combate.

As cinco câmeras foram instaladas em torres e cada uma cobre área total de 70 mil hectares. Elas vão prover imagens para a visão computacional do sistema nesta fase 1 do projeto. O aporte da JBS no Pantanal soma R$ 26 milhões, distribuídos ao longo de quatro anos, dos quais R$ 8 milhões foram usados para financiar a instalação das torres das câmeras.

Confira a galeria de imagens:

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