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Meio Ambiente

Bombeiros e apicultores trabalham juntos para preservar abelhas

Viviane Oliveira | 31/05/2015 11:00
Bombeiro fazendo fumacê, uma das técnicas utilizadas  para acalmar as abelhas. (Foto: Marcos Ermínio)
Bombeiro fazendo fumacê, uma das técnicas utilizadas para acalmar as abelhas. (Foto: Marcos Ermínio)

Com a proibição de extermínio de abelhas pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), o Corpo de Bombeiros desenvolveu uma parceria com apicultores para que seja feita com segurança a retirada de enxames encontrados em áreas urbanas. De acordo com a corporação, de janeiro até 20 de maio, foram registradas no Estado 582 ocorrências de combate e controle de insetos. No ano passado, foram 1.528 casos, sendo que a maioria é de abelhas e marimbondos.

Segundo o Tenente Coronel Hudson Faria de Oliveira, o Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança do Estado de Mato Grosso do Sul) tem uma lista de telefones de apicultores, que são acionados toda vez que o 193 recebe ocorrência relacionada a enxame de abelhas. O extermínio só é feito quando elas estão atacando e colocando em risco a comunidade. “Se não estiver atacando, a gente orienta os moradores a aguardar a migração e não mexer na colmeia. O extermínio é feito com lança chama, na maioria das vezes na parte da noite”, diz.

Por enquanto, não há uma parceria formalizada entre bombeiros e apicultores. O presidente da FAEMS (Federação de Apicultura e Meliponicultura de Mato Grosso do Sul), Gustavo Nadeu Bijos, disse que no dia 29 de maio foi feita reunião para organizar capacitação dos bombeiros para captura de enxames em áreas urbanas. “Atualmente, o Ciops nos informa os endereços de retirada de abelhas para que seja feita a captura. Geralmente, elas ficam alojadas em forros e lages de residências, escolas e outras estruturas.

Conforme Gustavo, a capacitação dos bombeiros para captura correta dos enxames ainda precisa ser ajustada. “Temos que trabalhar em conjunto para que a corporação possa adquirir colmeias adequadas e, por fim, repassar esses enxames às colmeias de produção”, destaca. Depois disso, elas serão levadas para apicultores profissionais.

Enxame de abelhas africanizada em caixa de apicultura padrão.  (Foto: Marcos Ermínio)
Enxame de abelhas africanizada em caixa de apicultura padrão. (Foto: Marcos Ermínio)
O sargento, Demavais, também tem uma criação de abelhas sem ferrão em casa. O mel delas é muito procurado para remédio. (Foto: Marcos Ermínio)
O sargento, Demavais, também tem uma criação de abelhas sem ferrão em casa. O mel delas é muito procurado para remédio. (Foto: Marcos Ermínio)

Paixão antiga - Há 17 anos no Corpo de Bombeiros, o sargento Demavais Souza da Costa uniu o útil ao agradável com o trabalho na corporação e a paixão pelas abelhas. Técnico em agropecuária, o militar tem um apiário há 6 anos. “Antes, as abelhas eram exterminadas pelo Corpo de Bombeiros, mas de um tempo para cá o Ibama proibiu e houve a necessidade de preservação delas para equilíbrio da natureza. A espécie é a mais importante polinizadora de plantas".

Além do apiário, o sargento mantém em casa uma criação de abelhas sem ferrão da espécie Jataí, que produz mel raro e muito cobiçado para uso em tratamento de doenças. A criação de abelhas sem ferrão, também conhecida como indígenas, tem baixo custo e manejo fácil. Como as espécies são dóceis, não é necessário o uso de roupas e equipamentos de proteção para lidar com elas.

Ninho de abelhas em caixa de apicultura padrão, como a que aparece na foto, produz a cada três meses cerca de 20 litros de mel. Já a Jataí, por exemplo, só produz 1 litro de mel por ano, em média.

Cuidados - Tranquilidade, calma para não acuá-las são uma das orientação do Corpo de Bombeiros para quem se deparar com um enxame de abelhas. Se elas estiverem em locais movimentados como em frente a escolas, por exemplo, o bombeiro deve ser acionado. Os casos de ataques de abelhas aumentam no verão e primavera, estações das cores que chamam a atenção delas para polinização.

Picadas de abelhas fazem muito mal e podem levar a morte. Quem for atacado por exame deve procurar uma unidade de saúde, independente de ser alérgico, pois pode ocorrer choque anafilático. Dor, inchaço e coloração avermelhada da pele são os principais sintomas de reações tóxicas da picada de abelha. A dor reduz muito se o ferrão da abelha for removido rapidamente.

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