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Meio Ambiente

Catadores ganham em média R$ 1,7 mil e são responsáveis por 90% das reciclagens

Durante evento do MP foi apresentado dados do Censo de Catadores de Mato Grosso do Sul

Por Lucia Morel | 10/05/2025 16:04
Catadores ganham em média R$ 1,7 mil e são responsáveis por 90% das reciclagens
Presidente do Movimento Nacional Eu Sou Catador, Sebastião Santos, durante sua palestra. (Foto: MPMS)

Mesmo com renda média que não passa de R$ 1,7 mil e a maioria atuando sem carteira assinada ou Previdência Social, os catadores de recicláveis são os responsáveis por 90% de todos os resíduos reutilizados no Brasil. Diante desses dados, a Abrampa (Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente) pretende atuar para dar visibilidade e fomentar políticas públicas para a categoria.

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Os catadores de recicláveis são responsáveis por 90% dos resíduos reutilizados no Brasil, mesmo enfrentando condições precárias de trabalho, com renda média de R$ 1,7 mil e sem garantias trabalhistas. A Abrampa busca desenvolver políticas públicas para apoiar a categoria.Durante o XV Seminário Nacional sobre Logística Reversa e Saneamento, foi apresentado o Censo de Catadores de Mato Grosso do Sul, que mapeou 31 organizações em 28 municípios. O estudo, realizado pelo Projeto Valoriza, avaliou condições de trabalho, renda e saúde ocupacional de 434 profissionais do setor.

O “XV Seminário Nacional sobre Logística Reversa e Saneamento” ocorreu na última sexta-feira e reuniu autoridades, especialistas, gestores públicos, catadores e representantes da sociedade civil para debater os impactos ambientais e novas formas de valorizar a reciclagem.

Durante a programação, foi lançado oficialmente o site Portal Resíduos MS e foi apresentado dados do Censo de Catadores de Mato Grosso do Sul, iniciativa pioneira conduzida pelo Projeto Valoriza, que contou com a participação de 434 catadores em 28 municípios do estado.

O levantamento mapeou 31 organizações de catadores com CNPJ regularizado, identificando aspectos cruciais como condições de trabalho, renda, saúde ocupacional, acesso à vacinação, formalização e segurança do trabalho. O questionário foi elaborado por técnicos do projeto com o intuito de subsidiar políticas públicas mais eficazes para a categoria.

Catadores ganham em média R$ 1,7 mil e são responsáveis por 90% das reciclagens
Dados do Projeto Valoriza. (Foto: Reprodução)

O presidente da ACAMJG (Associação dos Catadores de Jardim Gramacho) e do MESC (Movimento Nacional Eu Sou Catador), Sebastião Santos, destacou a importância de dar mais visibilidade e garantir direitos aos catadores no Brasil.

“Mais de 90% de todo material reciclável passa pelas mãos dos catadores. Essa oportunidade de discutir a realidade, buscar alternativas e melhorias nas políticas públicas e garantir a visibilidade dos catadores no Brasil é necessária, pois, mais do que falar, temos que agir sempre. A reciclagem só é possível por causa do nosso trabalho. E o papel do MPMS é fundamental para garantir que nossas vozes sejam ouvidas, nossas condições de trabalho melhorem e nossos direitos sejam respeitados. Temos que quebrar paradigmas criados sobre o nosso trabalho e agir com responsabilidade e compromisso com essa categoria” destacou.

Os Promotores de Justiça da área do meio ambiente no MPMS Luz Marina Borges Maciel Pinheiro  e  Luiz Antonio Freitas de Almeida fizeram exposição sobre os trabalhos locais na área de gestão dos resíduos sólidos. O coordenador do Núcleo Ambiental do MPMS e presidente da Abrampa é o promotor de Justiça, Luciano Loubet.

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